9 de março de 2006

De milionário a peregrino

Luigi Cianti, de 60 anos, é um homem de aspecto sereno que carrega um enorme crucifixo ao pescoço. A comparação deste homem a S. Francisco de Assis (ver caixa) é inevitável. Quando enviuvou da sua mulher, aos 50, decidiu renegar toda a fortuna herdada e doá-la aos órfãos, avaliada em cinco milhões de euros, convertendo-se em peregrino com “zero euros” no bolso.

“Eu nasci órfão e, quando a minha esposa morreu, todo o dinheiro que eu herdei não me interessava…Pensei que se Deus me havia dado tanto dinheiro que o teria que distribuir pelos pobres”, contou a “O Templário”.
Este homem é acompanhado, desde há dois anos a esta parte, por Pilar Caldevilla, de 33 anos, que pretende escrever um livro sobre as suas experiências “enquanto peregrino que apenas se faz transportar com uma mochila às costas e sem dinheiro no bolso”, contou. A jovem trabalhava numa cafetaria e conheceu a história de Luigi pela televisão espanhola, enamorou-se, e decidiu acompanhá-lo em peregrinação.
Segundo nos contou, muitos jornalistas de Espanha quiseram escrever a sua história. Luigi impôs como condição que o jornalista que o quisesse fazer deveria caminhar a seu lado, na peregrinação, sem dinheiro, tal como S. Francisco de Assis. Nenhum repórter aceitou o desafio e Pilar, apesar de não ser jornalista, decidiu fazê-lo.

De passagem por Tomar
O casal esteve de passagem por Tomar, no passado fim-de-semana a caminho de Santiago de Compostela. “Pretendíamos fazer a rota da caminhada espiritual de Sevilha a Santiago de Compostela mas o mau tempo em Espanha veio mudar os planos e decidimos fazer a rota portuguesa, pelo interior, que também vai dar a Santiago de Compostela”, explicou a jovem espanhola ao nosso jornal. Chegados à cidade nabantina, como qualquer peregrino, bateram à porta do pároco de Tomar, no caso, o padre Herlander Limão, para pedir abrigo e foram acolhidos pelo simpático casal Henrique e Hildegard. “Graças a Deus que conhecemos Hildegard e Henrique. Ainda bem que o padre Herlander nos ajudou e comunicou com eles”, explicou Pilar. (...)

Reportagem integral na edição 898 do Jornal "O Templário"

1 comentário:

Anónimo disse...

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