29 de dezembro de 2005

28 de dezembro de 2005

Promessas de Ano Novo (II)

Ser mais concentrada, criativa e perfeccionista.

Promessas de Ano Novo (I)

Actualizar mais vezes este Blog!

27 de dezembro de 2005

Quando a morte é notícia

Nem sempre é fácil criar o distanciamento necessário quando é notícia que morre um jovem de 21 anos num despiste de automóvel, em plena véspera de natal. O falecimento de Luis Marques, jogador de futebol, é sempre noticiável ... mais que não seja porque sabemos que os leitores vão procurar essa notícia na próxima edição do jornal.

23 de dezembro de 2005

21 de dezembro de 2005

Edição n.º 886

Entrevista a Paz Vega

Paz Vega: Santa sensualidade

Em Espanha é uma das actrizes mais conceituadas da nova geração de actores. Paz Vega, 29 anos, é a protagonista do Filme – Teresa D’Ávila - Vida e Morte, que está a ser filmado no Convento de Cristo. “O Templário” foi conhecê-la.

Nascida a 2 de Janeiro de 1976 em Sevilha, a actriz espanhola tem como nome verdadeiro Paz Campos Trigo, tendo ido buscar o apelido Vega a uma de suas avós.
Fomos encontrar Paz Vega no intervalo de um dia intenso de filmagens – começaram a filmar às oito da manhã - enquanto retocava a maquilhagem numa das salas improvisadas para o efeito. Segundo um elemento da produção “as filmagens estão a ser feitas a um ritmo muito intenso” de modo a que a equipa possa regressar ao seu país o quanto antes para passar o natal junto dos familiares e amigos.Para a actriz “a experiência está a ser muito boa”, referindo-se a Teresa D’Ávila como uma mulher “especial, muito valente e que nunca desistiu de lutar pelos seus ideais”.

Entrevista publicada na próxima edição do jornal O Templário
Foto: El Pais

14 de dezembro de 2005

Jornalismo Regional é...

O furo que saiu furado
Conseguir um "furo" ou "cacha", na imprensa regional, é tarefa difícil. Como o meio é pequeno, as notícias correm depressa e os jornalistas da chamada concorrência também estão atentos e têm as suas fontes.
Pensava eu ter sido a única a saber de uma história ou melhor, "estória", uma vez que me foi contada pessoalmente pelo seu protagonista, quando dou de caras com o mesmo assunto chapado noutro semanário. É certo que ninguém me garantiu o exclusivo mas é decepcionante guardar uma informação a sete chaves (até que a peça seja publicada) e depois sentir que... tanto trabalho para nada! A minha reacção, depois do espanto inicial, foi soltar uma gargalhada! São as vicissitudes do jornalismo regional...

A Fonte da Notícia

Um conceituado jornalista contou-me esta história. Estava à espera para ser ouvido como testemunha num processo no Tribunal quando a senhora das limpezas lhe perguntou se ainda iria ser ouvido. Como a resposta foi afirmativa ela desabafou que se tinha que despachar "pois vinham aí uns senhores da SIC para filmar um programa". E assim nasceu mais uma notícia. Moral da história: as notícias nem sempre tem origem nas fontes ditas "oficiais". Qualquer pessoa pode ser uma fonte, cabe-nos a nós, jornalistas, fazer o resto.

Edição n.º 885

9 de dezembro de 2005

Jornais regionais

Uma entrevista a um director de um jornal regional pode ser lida aqui . Questões muito pertinentes foram esclarecedoras quanto a muitos factos inerentes ao jornalismo regional. Parabéns ao autor do blog.

6 de dezembro de 2005

Jornalismo Regional é...

Trabalhar intensamente quando é necessário... especialmente quando um feriado assim o obriga!

Edição n.º 884

3 de dezembro de 2005

Entrevista a Géraldine Chaplin

O Convento de Cristo está a ser palco, uma vez mais, de uma grande produção, desta vez ibero-americana. Tive oportunidade e o privilégio de fazer uma pequena entrevista à conhecida filha de Charlie Chaplin (Charlot), uma das actrizes da película Teresa D' Ávila.

FILHA DE CHARLOT ENCANTADA COM TOMAR
Géraldine Chaplin, filha de Charlie Chaplin, está a gravar no Convento de Cristo o filme Teresa D’Ávila, onde desempenha o papel de madre-superiora. “O Templário” falou em exclusivo com a filha de Charlot.

Que papel interpreta neste filme?
Eu faço de madre-superiora. Um papel encantador e também muito trabalhoso... sou a superiora que manda no Convento (risos).

O que é que nos pode contar da película?
Tem um argumento muito bem escrito... É outro olhar sobre a vida de Santa Teresa. O guião é brilhante e acho que o resultado final vai ser extraordinário.

O que diria aos espectadores do filme?
Se o filme for tão bom como o guião faz-se justiça à vida de Santa Teresa. Recomendo-o a todos para que o vejam e fiquem a conhecer a vida de Santa Teresa.

E é a primeira vez que está no Convento de Cristo?
Sim... Já estive aqui ontem (domingo) e é um lugar incrível, extraordinário, cheio de energia. Adoro-o!

E já visitou Tomar?
Sim, esta manhã fui dar um passeio a pé pelas ruas e achei que era uma cidade muito amorosa. Muito amorosa e muito fria também (risos).

Bilhete de Identidade
Nome: Geraldine Leigh Chaplin
Data de Nascimento: 31 de Julho de 1944
Local de Nascimento: Santa Monica, Califórnia, EUA
Pai:
Charles Chaplin
Mãe : Oona O'Neill, filha do dramaturgo Eugène O'Neill
(Trabalho publicado no Jornal O Templário - Edição 884)

2 de dezembro de 2005

Portugueses lêem mais jornais regionais

O número de portugueses que lêem jornais regionais subiu este ano 2,9 pontos percentuais, para 54,3 por cento, sobretudo devido a um maior interesse pelos títulos diários, avançou hoje a empresa de audimetria Marktest.
De acordo com o estudo anual sobre o sector - designado como Bareme Imprensa Regional - o hábito de leitura de jornais regionais abrange mais de 8200 dos 15.120 inquiridos, ou seja, 54,3 por cento dos portugueses com 15 anos ou mais, enquanto que no ano passado o valor era de 51,4 por cento.
Coimbra é o distrito onde as publicações regionais têm mais sucesso, sendo que mais de três quartos (76,2 por cento) da população lê habitualmente os jornais daquela região. Castelo Branco, Leiria, Aveiro e Braga registam também valores superiores a 70 por cento.
O Bareme Imprensa Regional foi criado em 2003 pela Marktest em conjunto com a Associação Portuguesa de Imprensa, como forma de aumentar o interesse dos anunciantes pelos títulos mais lidos e, consequentemente, os investimentos publicitários recebidos pelos jornais.
Ao contrário do registado este ano, em 2003 os títulos preferidos eram os semanários, sendo que a percentagem de leitores em Portugal não chegava aos 51 por cento.
(Lusa/Público)

Lombas começaram a ser corrigidas

Algumas passadeiras elevadas - mais conhecidas por lombas - estão a ser corrigidas pelo executivo camarário, desde a passada segunda-feira, 28, como foi o caso de uma lomba situada junto à Escola Gualdim Pais.
Segundo Corvêlo de Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Tomar, “as passadeiras elevadas não estão a ser retiradas mas sim a ser alvo de correcções” uma vez que o executivo reconhece que algumas delas apresentam “um, dois, ou três centímetros a mais do que deveriam ter”. As obras de correcção vão prolongar-se pelas próximas semanas.

29 de novembro de 2005

Jornalismo Regional é...


...O Sr. Domingos apareceu-me aqui no jornal muito preocupado (não chateado) porque o seu apelido tinha saído errado numa notícia em que, para a ocasião, o entrevistei. "Os meus vizinhos andam a dizer que eu fui mentir pr'ó jornal", argumentou solicitando a rectificação do mesmo. "Veja lá se não é despedida por minha causa", disse-me. Sorri com a resposta. A rectificação vai ser publicada esta semana para que o senhor Domingos possa mostrar a todos os vizinhos que não foi ele que mentiu, foi a jornalista que percebeu mal. Num jornal nacional dificilmente sairia uma nota como esta. Mas já diz o povo e com razão: o seu a seu nome!

Rectificação
Na notícia “Mercado semanal sem aves”, publicada na edição n.º 880, de 3 de Novembro, atribuímos, de forma desacertada, o apelido de Rodrigues ao vendedor de aves que entrevistamos, ocasionalmente, no mercado.
O seu nome, na realidade, é Domingos José Mendes Duarte, tem 69 anos e reside na Comenda, Sabacheira. Aqui fica a nossa rectificação e o pedido de desculpas por quaisquer incómodos causados ao visado.

Biodiversidade discutida em Tomar


Biodiversidade: causas e consequências foi o tema de uma palestra proferida pelo Prof. Doutor Jorge Paiva, que se realizou na passada sexta-feira, 25, no auditório da biblioteca municipal de Tomar. Depois da conferência realizou um repasto lusitano onde participaram muitos convidados.
A iniciativa, organizada pelo segundo ano lectivo pela Escola Secundária Santa Maria do Olival, é inédita no nosso país e pretende alertar para as causas e consequências da perda da biodiversidade.

(mais desenvolvimentos na próxima edição)

25 de novembro de 2005

24 de novembro de 2005

Decoberta da semana

Tudo sobre Jornais regionais neste website !

Jornalismo Regional é...

Pequeno David já tem cadeira de rodas nova

Foi um sonho tornado realidade para a mãe do pequeno David Simões que, através das páginas do nosso jornal, conseguiu uma cadeira de rodas adequada às necessidades do seu menino de seis anos, que sofre de paralisia cerebral devido a complicações ocorridas durante o parto.
A cadeira foi entregue nas instalações d’O Templário na tarde da passada segunda-feira, dia 21, por um representante da empresa ANDITEC – Tecnologias de Reabilitação (na foto) , tendo testemunhado o acto a benemérita (que pede para não ser identificada) que ofereceu a cadeira, bem como todos os acessórios recomendados pelo terapeuta do menino.
Recordamos que tudo começou com uma reportagem publicada no dia 20 de Outubro sobre o problema do David e a luta de uma mãe que estava a juntar duas toneladas de tampas de plástico com o objectivo de as trocar por uma cadeira de rodas. Logo no dia em que saiu o jornal com a reportagem publicada, uma tomarense ficou sensibilizada com a história e deslocou-se às nossas instalações, prontificando-se a oferecer a cadeira. Entrámos em contacto com a mãe do pequeno a dar a boa-nova e o compromisso verbal ficou acertado, com muita emoção à mistura.

(Noticia completa na edição de O Templário desta semana)
Jornalismo regional também é feito disto

22 de novembro de 2005

"Gaffe" num jornal nacional

O assalto foi no café do mercado municipal de Torres Novas!

Despiste provoca estragos em cinco viaturas

Um despiste ocorrido na passada sexta-feira, dia 18, pelas 13H30, numa das saídas da cidade, junto à Mata Nacional dos Sete Montes, provocou estragos em cinco viaturas, três delas que se encontravam estacionadas. Segundo uma testemunha do acidente, um carro conduzido por uma mulher terá entrado em despiste antes de entrar na cidade, vindo da estrada das Algarvias.
(mais pormenores na próxima edição)

18 de novembro de 2005

Notícia de carácter local

Iluminações de Natal colocadas no próximo fim-de-semana
As tradicionais iluminações de Natal nas ruas da cidade vão começar a ser montadas a partir do próximo fim de semana, garantiu a “O Templário” Duarte Nascimento da Acitofeba.Segundo este responsável a empresa adjudicada para efectuar a montarem das iluminações é a Som Ideal, uma empresa de Iluminação Ornamental e Decorativa de Castanheira de Pêra.Tal como vem acontecendo desde há alguns anos a esta parte, o projecto é totalmente gerido entre a Acitofeba e a Câmara Municipal de Tomar, sem quaisquer encargos para os comerciantes. Segundo Duarte Nascimento, este ano vai voltar a ser iluminada a rua do Centro Republicano que, no ano passado, por causa das obras do novo estádio municipal apenas foi adornada com um arco no início da rua, facto que gerou alguma contestação por parte dos comerciantes daquela artéria. “O estádio já está concluído pelo que a rua vai ser adornada tal como as outras”, esclarece.

Edição n.º 882

16 de novembro de 2005

Uma história sobre jornais locais...

...pode ser lida aqui. Felizmente a minha história está a ser diferente. Gosto do desafio de trabalhar num jornal regional em franco crescimento.

15 de novembro de 2005

A ser verdade...


... Isto é um autêntico escândalo!

10 de novembro de 2005

Há notícias que nunca pensaríamos dar...

TOMAR SEM CINEMA
CINEMA TEMPLÁRIOS VAI FECHAR
No final do mês Tomar vai ficar sem qualquer sala de cinema. Está confirmado que o Cinema Templários vai encerrar as portas no final de Novembro.
A empresa concessionária do espaço, Medeia Filmes, do produtor Paulo Branco, tomou esta decisão tendo como principal argumento a escassez de público.
Comente esta notícia no Blog do Jornal o Templario

Edição n.º 881

4 de novembro de 2005

Vidas interrompidas


O drama dos ex-trabalhadores da fiação

Com o encerramento da fábrica da Fiação, há 13 anos, muitos trabalhadores tiveram que “começar tudo de novo”. Histórias de vidas interrompidas que merecem ficar registadas.

“Estive um ano sem conseguir aqui passar”
Belmira Vicente trabalhou 42 anos na Fiação sendo, portanto, uma das trabalhadoras mais antigas daquela fábrica têxtil. “Vim para aqui trabalhar ainda não tinha 17 anos”, começa por explicar ao nosso jornal “Passei a minha mocidade toda nesta fábrica…aqui me casei e até a minha filha mais velha ia nascendo neste lugar…trabalhei até às 11 da noite e ela nasceu às 7 da manhã”, recorda Belmira Vicente. Sobre o dia em que a fábrica fechou nem se quer lembrar. “Custou-me muito… estive perto de um ano sem me chegar aqui ao portão. E quando passei aqui fartei-me de chorar”, revela com a voz embargada. Segundo a ex-funcionária, antes daquela altura, “dava gosto andar na fábrica e havia boa camaradagem”. O ordenado era certinho, direitinho. Depois o trabalho começou a diminuir de dia para dia. “Recordo como se fosse hoje o momento em que as matérias-primas começaram a escassear.”, disse a tomarense. “Ainda me lembro das lágrimas que chorei para ganhar o ordenado que eles me ficaram a dever”. Questionada sobre o pior momento que viveu enquanto trabalhava na Fiação Belmira mostra a mão onde diz que tem gravado “a marca da casa”.
“Um dia, por minha culpa, fiquei com a mão entalada numa máquina”, explica. “Ia para parar o tubo, ele descaiu de repente e fiquei com a mão entalada entre o tubo e a máquina…estive dois meses internada num hospital em Lisboa”, refere ao nosso jornal. A dor deste acidente infeliz passou mas a que guarda no coração continua por tratar há, pelo menos, 13 anos.

3 de novembro de 2005

31 de outubro de 2005

O Fim da Grande Reportagem

Grande Reportagem com ordem de fecho e DNA na calha

A revista Grande Reportagem, que chega às bancas aos sábados com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias recebeu ordem de fecho por parte da administração da Lusomundo Media, tendo o seu director, Joaquim Vieira, sido dispensado, facto que o próprio já comunicou à redacção. Uma solução interna perfilha-se como o cenário mais provável para a sucessão de Joaquim Vieira até à suspensão do título, que deverá ser consumada até ao final deste ano. Segundo apurou o M&P, o suplemento DNA dirigido por Pedro Rolo Duarte, que sai com o DN à sexta-feira, pode ser o próximo a ser extinto. Desde que a nova administração da Lusomundo Media tomou posse circulavam informações que davam conta do iminente fecho das duas publicações ou de uma possível fusão entre os dois projectos, cenários sempre desmentidos ao M&P pelos dois directores. Até ao fecho desta edição, o M&P tentou obter algum comentário da administração, não tendo recebido qualquer resposta.

in Meios e Pub

26 de outubro de 2005

Jornalismo Regional é...

Procurar "estórias" interessantes em cada esquina.

24 de outubro de 2005

Tomar é também assim...


Praça da República ao entardecer.

















foto: ERG

Procissão de Santa Iria com mais de mil crianças





As crianças são a melhor coisa do mundo !!!










21 de outubro de 2005

Os leitores d' O Templário...

Agora já podem comentar as notícias mais polémicas no Blog do Jornal O Templário

20 de outubro de 2005

História Humana

Mãe anda a juntar duas toneladas de tampas

Pequeno David precisa de uma cadeira de rodas

David Simões é um menino de seis anos, natural de Tomar, que sofre de paralisia cerebral devido a problemas ocorridos durante o parto. A sua mãe, Anabela Simões, de 40 anos, vive o dia-a-dia em função das necessidades do filho. “Este tipo de paralisia apanha-o no geral, na parte motora e também não fala. É uma deficiência profunda”, contou ao nosso jornal, revelando que os médicos lhe fizeram um prognóstico muito dramático. “O diagnóstico dele foi a de um ser vegetante”, conta, embora “com muito trabalho e dedicação” se verifique que a criança esteja a conseguir fazer alguns progressos. (...)

Dois mil quilos de tampas para cadeira de rodas

Actualmente a luta desta mãe prende-se com o facto de querer que o filho tenha uma cadeira de rodas que se encaixe nas suas necessidades. Com esse objectivo em mente está, desde há um ano a esta parte, a juntar tampas de garrafas plásticas que sabe que pode trocar por uma cadeira de rodas. “Estava num consultório médico em Fátima onde o David vai ter consultas privadas de fisioterapia, porque a fisioterapia do Estado não chega, e o médico informou-me que havia a hipótese de juntar cinco mil tampas e trocá-las por uma cadeira de rodas”, conta Anabela. Foi aí como tudo começou. “Depois descobri que não eram cinco mil tampas mas eram duas toneladas”, continuou. Mesmo assim não desistiu. “Comecei por juntar as que utilizava em casa e depois falei com uma cunhada minha que tem um restaurante, fui-lhe pedir algumas tampinhas e ela começou a falar nisso às pessoas”, explicou-nos. A partir daí, Anabela Simões começou a receber muitas tampas de pessoas anónimas que se juntaram solidariamente à sua luta. “Desenvolveu-se uma cadeia ao ponto de eu agora já estar a receber tampas de pessoas que não conheço de Torres Novas, das Caldas da Rainha ou da Batalha”, revela orgulhosa.
Até ao momento, a mãe do pequeno David já tem cerca de 120 quilos de tampas que guarda em sacos de 30 quilos no barracão da sua sogra.
Apesar de tudo, Anabela diz que, recentemente, começou a ver “uma luz ao fundo do túnel” uma vez que pode conseguir a cadeira que o David necessita por outra via. Caso o consiga, as tampas recolhidas vão ser doadas a outra criança que necessite de uma cadeira de rodas ou então à Instituição CIRE para ajudar quem mais precise. Mas neste momento, é ainda o pequeno David que necessita da ajuda de todos.

Nota: depois de publicada na edição de hoje do Jornal O Templário uma leitora disponibilizou-se a oferecer a cadeira de rodas

18 de outubro de 2005

Jornalismo Regional é...

Ter a possibilidade de escrever como legenda: "O caso foi notícia na imprensa nacional"

17 de outubro de 2005

A notícia que eu queria dar....



Tomar inaugura Franchising "Il Caffé di Roma"
Os tomarenses já podem saborear os diferentes paladares do café italiano. Foi inaugurado este fim-de-semana na Corredoura o Café di Roma, que vem alegrar uma das ruas mais movimentadas da cidade...

Advertência: esta notícia é fruto de nostalgia da jornalista

14 de outubro de 2005

Dulce Pontes em entrevista a “O Templário”

“Era capaz de viver no Convento de Cristo”

A cantora Dulce Pontes esteve na última semana no Convento de Cristo em gravações para o seu novo disco “o Coração tem três portas”. Deste trabalho, gravado em Óbidos, Tomar e La Coruña, vai resultar um álbum-documentário em formato de CD duplo e DVD interactivo, com imagens de vários concertos internacionais, que vai chegar às mãos do público por volta do Natal. “O Templário” não perdeu a oportunidade e foi entrevistar a cantora.


O Templário – Este álbum que está a gravar chama-se o coração tem três portas. O Convento de Cristo é uma dessas portas?

Dulce Pontes – Este disco é um disco totalmente ao vivo, com cerca de 26 temas, sendo que existem essas três portas, uma em Óbidos, uma aqui no Convento de Cristo e uma outra que vai ser gravada na Coruña. Depois integra registos tanto sonoros como a nível de imagem de vários concertos que começaram a ser feitos em Novembro do ano passado. Tudo isto vai dar origem a um CD duplo interactivo com imagens de vários concertos e dos bastidores do palco, como também tem as gravações dos sítios por onde andámos, sobretudo para interagir com o público.

E porque é que escolheu o Convento de Cristo para gravar?
Pelas possibilidades que existem aqui dentro, com a diversidade de salas que oferece. Escolhi os temas a gravar em cada sala, em função da acústica das mesmas … porque na verdade o que aqui se faz é uma gravação ao vivo … sem interrupções. São tomas únicas que depois dão origem ao resultado que é bastante satisfatório. E depois há um jogo interessantíssimo entre o som e a arquitectura. Este é um lugar muito energético de Portugal, isso não há dúvida nenhuma.

É também um ambiente inspirador?
Sim, muito. Eu andei por aqui livre, a cantar e a experimentar as salas, pensando no tema que tinha que gravar e se a sala onde estava se adequava à gravação desse tema… No fundo escolhi os temas em função da sala onde os ia gravar.

Foi então gravado em várias partes do Convento...
Sim, em várias partes. Eu fui cantando por aí fora e fui escolhendo os sítios para gravar em função da acústica resultado. Não estamos a gravar com amplificadores nem nada. E o resultado está a ser incrível.

Que tipo de sonoridade se pode esperar deste novo trabalho?
Estas três portas são o fado, o folclore e a música medieval portuguesa. Não taxativamente mas à minha maneira. Procurei, sobretudo, simplificar essas três variantes. A gravação de hoje (sexta-feira) é mais complicada porque vamos gravar com um pequeno coro. É mais grandiosa porque o próprio espaço, a charola, tem esse carácter. Isto é de facto um espectáculo. Era capaz de viver aqui (risos) … Sinto muita paz quando passeio nos claustros, sobretudo ao fim da tarde… É um trabalho completamente transparente que penso que seja o meu trabalho mais autêntico pelo menos esforcei-me que o fosse. Podem esperar um trabalho que vive da emoção.

É um trabalho mais intimista que os anteriores...
Sim, pode dizer-se que sim. Há uma canção, o fado Avé-Maria, que gravei no Claustro principal e nesse momento há uma pomba que passa e esse momento fica registado também… Há muita magia e cumplicidade neste trabalho. Há também um diário de bordo que um escritor italiano que está a escrever desde que iniciamos as nossas gravações e existem imagens que as pessoas podem escolher em função do seu gosto. É portanto, um trabalho muito intimista.

Como é que estão a decorrer as gravações?
Toda a equipa é fantástica. Eu estou muito bem rodeada e as pessoas entregaram-se muito a isto, talvez porque é também uma experiência diferente… Porque é uma combinação entre música, arquitectura e som. E estamos a fazer isso de uma forma muito racional. Por exemplo, estamos a dispor os músicos em função da acústica das salas e estamos a obter resultados surpreendentes… É muito difíceis captar o som real de uma guitarra portuguesa num estúdio. Aqui é mais conseguido. As coisas têm outra emoção e era isso que eu procurava.

Está em Tomar há cinco dias. Já teve oportunidade de visitar a cidade? O que é que achou?
Já tinha visitado Tomar em muitas outras alturas. É uma emoção forte. Gosto imenso. Costumava muito ir à Ilha do Lombo. Sempre que precisava de recuperar energias ia para lá. E depois é uma delícia as margens daquele rio, onde se descobre que a terra das margens é barrenta e até dá para moldar umas figurinhas e deixa-las a secar. Tenho uma paixão pelo rio. Aliás gravei já um videoclip, o do “Povo que lavas no Rio” nesta zona.

E há hipóteses de vermos um concerto da Dulce em Tomar?
Claro que sim. É dia 18 de Abril, no pomar das Laranjeiras (Convento de Cristo). E vou tentar trazer a Montserrat Caballé. É uma pessoa generosíssima e é bem capaz de aceitar…


Entrevista: Elsa Ribeiro Gonçalves
Fotos: André Dias Pereira
publicado na edição 877 do Jornal "O Templário"

11 de outubro de 2005

Dulce Pontes

Tive o privilégio de a entrevistar na passada sexta-feira, quando se encontrava em gravações no Convento de Cristo. A entrevista é publicada na próxima edição d' O Templário.
A foto é do meu colega André Dias Pereira.

Cobertura das eleições - I


No domingo à noite estive destacada numa sede de campanha de um partido, tal como aconteceu com cinco colegas meus, cada um no respectivo local que , em reunião de agenda, lhe tinha sido atribuído. Foi a primeira vez que fiz a cobertura das eleições. Foi como entrar numa maratona que só terminou quando sos resultados já eram quase todos conhecidos. A ânsia de se conhecerem os resultados, os telemóveis que não pararam de tocar... Á medida que as horas passavam, a emoção tomava conta dos militantes... Pude observar isto tudo de fora, mas dentro de uma grande dose de energia e adrenalina. Foi assim na sede dos Independentes por Tomar. Gostei! Acho que gostava, independentemente da sede onde ficasse.

Cobertura das eleições

O período autárquico que vivemos recentemente consumiu grande parte do meu tempo ultimamente e só agora consegui parar para escrever aqui um post... São quase 23 horas e ainda estamos á volta com o fecho de edição... Amanhã será dia de descanso!!!

3 de outubro de 2005

Feriado à quarta...

...Fecho de edição à segunda!!! Há feriados que não dão jeito nenhum :)

29 de setembro de 2005

GNR tomarense é orgulho do Destacamento

Paulo Ferreira tem 26 anos e é soldado no Destacamento Territorial de Tomar, actualmente a exercer funções no posto de Ourém. A 23 de Julho este soldado arriscou a própria vida e conseguiu salvar um homem de 30 anos, quando este, por sua vez, tentava socorrer um jovem de nacionalidade ucraniana que lutava contra a corrente do mar na Praia Pequena, em Porto Covo.
(Entrevista completa na edição do Jornal "O Templário" desta semana)

28 de setembro de 2005

O outro lado dos TUTomar


É manchete no Jornal "O Templário"
Se muitos ficaram encantados com os Transportes Urbanos, outros olham com desconfiança a chegada dos TUTomar, uma vez que receiam pelo negócio.

(reportagem completa na edição de amanhã)

Apanhada no Tutu (TUTomar)

26 de setembro de 2005

Jornalismo Regional é...

"Ó menina, tire-me lá aqui uma fotografia para eu sair no jornal!"

23 de setembro de 2005

Momentos

Foto captada na procissão de Sta Cita

Família sobrevive com 250 euros mensais

Manuel Lopes (nome fictício), um jovem de 32 anos, pertence a uma das 283 famílias que actualmente recebem apoio por parte da Caritas Paroquial de Tomar. A receber apoio desde Novembro de 2004, a família de Manuel Lopes, composta por ele, a mulher e três filhos pequenos, sobrevive com o dinheiro do rendimento social de inserção, ou seja, 250 euros, um subsidio da Segurança Social (que veio substituir o rendimento mínimo garantido) que pode ser requerido por famílias em situação de grave carência económica.
“A minha mulher é que tratou de tudo, por isso é ela a titular do processo na Cáritas”, disse a “O Templário”. Na conversa que tivemos com este jovem, referiu que se não fosse o apoio da Cáritas, que lhes dá a roupa e “iogurtes e pão”, entre outros alimentos, “tudo seria mais difícil”, uma vez que é o único que trabalha lá em casa. Dos 450 euros mensais que aufere, 300 euros são para pagar a renda da casa, localizada numa rua do centro histórico da cidade, e o que sobra é para pagar água, luz e gás e outras despesas domésticas.
Com três filhos, de 3, 6 e 7 anos, Manuel Lopes diz que só com o apoio de familiares pode sair de Tomar e “dar uma volta” com a família, coisa que “raramente” faz. Existem outras prioridades. “Precisava de comprar uns óculos graduados e estou à espera da resposta da segurança Social que comparticipa com 20%”, disse ao nosso jornal.


(História completa no Jornal O Templário desta semana)

19 de setembro de 2005

TuTomar


Depois do Entroncamento, já andam a circular os transportes urbanos em Tomar. Ninguém nos avisou de nada.... mas já fizemos o trabalho de pesquisa. Os autocarros partem de 20 em 20 minutos e percorrem toda a cidade. Neste período considerado experimental as viagens são grátis.

14 de setembro de 2005

Abaixo-assinado não convence bispo de Santarém

D.Manuel Pelino, Bispo de Santarém recebeu na passada quinta-feira, dia 8 de Setembro, um grupo paroquianos que tinha como “missão” fazer o Bispo repensar a transferência do padre João Borga para as Paróquias de Fazendas de Almeirim e Raposa. A reunião, que decorreu durante uma hora e meia e à qual “O Templário” assistiu, não teve, no entanto, os frutos desejados uma vez que o bispo mostrou-se irredutível quanto a uma mudança de decisão. Nem as duas mil assinaturas dos paroquianos, nem as várias cartas escritas por várias instituições como Bombeiros, Escuteiros ou Hospital de Tomar fizeram vacilar o bispo na sua deliberação...

( reportagem completa sobre esta viagem na próxima edição do jornal "O Templário")

Começar a semana à quarta

Pode parecer estranho mas é mesmo verdade. Para mim a semana começa à quarta-feira. Como o fecho de edição semanal do jornal é à terça à noite, na quarta-feira sente-se um alívio, temos algum tempo livre para carregar baterias e vontade de começar tudo novamente. É por isso que adoro esta profissão.

9 de setembro de 2005

Polémicas

«Não se é Jornalista sete ou oito horas por dia, a uns tantos contos por mês. É-se Jornalista 24 horas por dia, mesmo estando desempregado". Há que considere esta frase do jornalista Orlando Castro como "um exagero". Eu acho-a muito acertada. E vocês?

7 de setembro de 2005

ENTREVISTA


Capitão Joaquim Delgado, Comandante do Destacamento Territorial de Tomar

“As pessoas vão assistir ao fogo quase em romaria”

As pessoas devem evitar ir até ao local dos incêndios assistir ao espectáculo do fogo, uma vez que dificultam a acção dos bombeiros e das forças de segurança. Quem o diz é o Joaquim Delgado, comandante do Destacamento Territorial de Tomar numa grande entrevista que deu a “O Templário”. É o outro ângulo de abordagem sobre a temática dos incêndios que fomos tentar desvendar.

Como é que a GNR descobre se é fogo posto ou se é um incêndio com causas naturais?
Pode ser através de informações fornecidas por populares ou através dos bombeiros. Ou até mesmo a nossa patrulha, quando se desloca ao local, chegar à conclusão que foi esse tipo de prática que deu lugar ao incêndio. Normalmente nas situações de queimadas o mais vulgar acontecer é realmente haver uma denúncia.

Muita gente aponta “mão criminosa” como a principal causa dos incêndios que deflagraram este ano…
Os incêndios que deflagraram este ano... e foram mais que muitos… há quem diga que é uma calamidade, e é, de facto, uma situação que tomou proporções maiores do que nos outros anos. Se calhar é altura das pessoas tomarem precauções maiores... As causas podem ser muitas. Tivemos um Inverno pouco rigoroso, pouco chuvoso e de certa maneira proporciona também que este tipo de situações ocorra com maior frequência…

…mas receberam muitas denúncias a apontar fogo posto...
Aconteceram algumas denúncias relativas à incúria de algumas pessoas que fazem as queimadas de forma inadequada ou inoportuna. Por incrível que pareça ainda há pessoas que a meio do ano ainda fazem queimadas de forma totalmente irresponsável e inconsciente. E depois há as outras causas...que são as causas de origem criminosa. Nos incêndios que têm ocorrido ao longo destes últimos tempos temos a certeza que alguns tiveram origem criminosa porque recolhemos indícios fortes no terreno. Foram inclusive recolhidos objectos incendiários de fabrico artesanal.

E como é que identificam o objecto incendiário… que tipologia apresenta?
São objectos montados para aquele propósito. São os mais variados...eu escuso-me a divulgá-los pois ao divulgarmos estamos de certa maneira a criar uma aprendizagem a certas pessoas mas digamos que são objectos de fabrico artesanal. Quando chegamos ao local procuramos saber onde é que o foco de incêndio teve a sua origem precisamente para procedermos á identificação e recolha de qualquer vestígio criminal.

E depois de identificados esses objectos o que acontece?
Há esse levantamento no local que nos permite saber se é um incêndio de origens desconhecidas ou de causas naturais. É levantado o respectivo auto e enviado ao Ministério Público. Se soubermos que há indícios fortes de prática criminosa com intenção esse caminho passa a ser investigado pela Polícia Judiciária. Não quer dizer que com isso não possamos colaborar mas passa a ser uma investigação exclusiva da polícia judiciária porque a lei criminal assim o dita. De qualquer modo isso não é impositivo que não exista um trabalho de equipa entre a Guarda e a PJ, uma vez que a GNR está no terreno e tem que haver este espírito de parceria e equipa.

Que penalização pode sofrer o autor de uma queimada que provoque um incêndio?
Pode até dar prisão. Normalmente, na questão das queimadas, quando a pessoa não provoca um incêndio com intenção, dá origem a situação de uma pena de multa...

E se esta queimada causar um incêndio de grandes proporções?
Uma queimada que dá origem a um grande incêndio, para além de haver uma responsabilidade criminal poderá haver também uma responsabilidade cível. Ou seja, a pessoa ter que indemnizar terceiros pelos seus danos. As pessoas têm que ser responsáveis e conscientes daquilo que fazem. Todos os anos sai publicado em Portaria qual o período em que é expressamente proibido fazer as queimadas. Muitas vezes as pessoas não atendem a isso e arriscam. E o arriscar dá lugar a esta realidade que temos vivido ultimamente.

A entrevista na íntegra pode ser lida na edição impressa do Jornal O Templário (01/09/2005)

2 de setembro de 2005

Have a break



Achei piada a este post no blogue Arioplano

Incêndios
















Foto tirada após uma reportagem sobre o incêndio nas Olalhas (Agosto 2005)

31 de agosto de 2005

Revolta no Centro de Formação de Tomar

“Queremos sair, queremos sair…”, gritavam os cerca de 70 formandos do Centro de Formação Profissional na manifestação que realizaram na passada terça-feira, dia 30, pelas 13H30. Os alunos contestavam as regras da nova directora do Centro de Formação, Lucília Vieira. Na portaria o aviso é claro: “Comunicação Interna: Os formandos devem permanecer no Centro durante o período diário de Formação. Se houver saída antecipada, não haverá reentrada”.

Todos os pormenores na próxima edição do Jornal O Templário

29 de agosto de 2005

Chamas consomem 1000 hectares

Chego a Vendas do Rijo, Olalhas, por volta das 19H00. Perante o cenário que vejo já pouco me ocorre dizer ou perguntar. Duas horas antes tinha passado perto daquele mesmo local para fazer um trabalho sobre o incêndio de sábado, o maior do ano ocorrido no concelho de Tomar, segundo Manuel Mendes, comandante dos bombeiros municipais da cidade, e não havia sinais para alarme. Puro engano.
Segunda-feira, 22 de Agosto. 18h50. A sirene dos bombeiros volta a tocar. Mais uma vez. Depois de um fim-de-semana verdadeiramente desgastante para os bombeiros – estiveram a combater as chamas que devastaram cinco freguesias – ainda não é hoje que os bombeiros podem descansar. Na localidade de Vendas do Rijo, a estrada para Ferreira de Zêzere está cortada, estão muitos carros parados à beira da estrada a olhar para os habitantes que, em cuidados, molham os telhados e os jardins. Há gente a correr, a chorar e a reclamar. Numa situação em que as pessoas vêm o seu tecto ameaçado pelo fogo calma é algo que não se pode exigir. O céu está negro, parece noite, está muito, muito vento e cai uma chuva de cinzas e faúlhas. A certa altura, o fumo começa a adensar-se e as chamas aproximam-se do local onde me encontro. O bom-senso indica-me: está na hora de abandonar o local. No local estiveram 37 bombeiros e oito veículos de combate.

“Cada um teve que acudir aquilo que era seu”
Duas horas antes, estive à conversa com Tomé Esgueira (na foto), presidente da Junta de Freguesia das Olalhas, residente nas Aboboreiras, localidade que no sábado à tarde viveu momentos de terror.
“De toda a freguesia, a localidade das Aboboreiras foi a mais martirizada”, confirmou a “O Templário”. Também ele viu a sua casa quase a ser devorada pelas chamas. “Na altura os bombeiros ainda não estavam aqui e isto foi muito rápido… o vento estava muito forte”, recorda o presidente de Junta. Sem bombeiros por perto “cada um teve que acudir aquilo que era seu” e Tomé Esgueira não foi excepção. “Não pude ajudar ninguém pois tenho aqui a minha casa e tive que andar a molhar o telhado”, esclarece, uma vez que receava as faúlhas que pudessem entrar pelo telhado.
Valeu a ajuda de populares das redondezas que apareceram para dar uma ajuda. Com vários incêndios a deflagrar no concelho em simultâneo – segundo Manuel Mendes, comandante da corporação de Tomar, as chamas atravessaram as freguesias de Alviobeira, Casais, Olalhas, Serra e Junceira e consumiram 1000 hectares – os bombeiros só puderam acudir as gentes de Aboboreiras no final da tarde. “Antes de chegarem os bombeiros andou aí uma viatura dos serviços municipalizados de Tomar que deu uma grande ajuda”, contou ao nosso jornal Tomé Esgueira.
Este grande incêndio teve início nas curvas de Alviobeira, pouco depois da hora de almoço de sábado. Só foi considerado extinto às 07H00 de domingo. No local estiveram 96 bombeiros, 30 viaturas e pelo menos dois meios aéreos.

publicado no Jornal O Templário, edição 25 de Agosto

24 de agosto de 2005

Valor-Notícia: DRAMA


Terror na Portela de Nexebra - Alviobeira
“As chamas eram mais altas que a minha casa”

Pânico. É a palavra que melhor se adequa ao que sentiram os moradores da Portela de Nexebra, freguesia de Alviobeira, quando na passada quinta-feira, dia 4 de Agosto, viram as chamas lamberem as paredes das suas habitações.
“As chamas eram mais altas que a minha casa”, disse a “O Templário” a moradora do n.º 16 daquela localidade adiantando que chegou a temer o pior. “Só me lembro de pensar que ia ficar sem nada... só com a roupa do corpo”, contou ao nosso jornal preferindo manter o anonimato. “Não gosto de me expôr, já me bastam os nervos que apanhei com tudo isto”, justificou-se.
O incêndio começou por volta das 15H00 numa pequena curva à beira da Estrada Nacional 238 a poucos metros da sua casa. “Estava em casa a descansar quando vejo uns barrotes a arderem naquela curva”, explica apontando para o local. Segundo a moradora, foi um automobilista de ocasião que chamou os bombeiros ao local. “Eu estava tão nervosa que nem consegui ligar para os bombeiros do meu telemóvel”. Segundo esta testemunha, tudo aconteceu muito rápido. “Foi num ápice que o fogo chegou daquele lado até à minha casa”, explicou, enquanto mostrava os vidros das janelas que estalaram com o fogo. Para além dos bombeiros municipais de Tomar e Ferreira de Zêzere estiveram no local três helicópteros para ajudar no combate às chamas.

Galinhas morrem devido ao calor

Maior susto apanhou Francisco Augusto Rosa, 58 anos, que mora numa pequena casa no meio do pinhal, perto do local onde o fogo deflagrou. Segundo este morador 17 galinhas da sua criação morreram devido às altas temperaturas provocadas por este incêndio. “Não morreram queimadas mas morreram do calor”, esclarece à nossa reportagem. Francisco Rosa estava a trabalhar numa horta próxima com a mulher quando avistou dois incêndios. “Pensava que era do outro lado da estrada quando vi que era aqui vim logo a correr”, disse efusivamente. Pensou logo em salvar a sua motorizada, único meio de transporte que possui para se deslocar. Sem pensar duas vezes correu para perto de casa, agarrou na mota e levou-a para dentro de uma horta protegida por um muro para não arder. Foi bem sucedido. “Tive sorte em caber por este portão senão tinha ardido também”, revela mostrando o sítio onde a colocou. Apesar do esforço não consegui evitar que lhe ardessem 200 metros de mangueira e um motor de rega.
As chamas não deram descanso aos bombeiros. “Estavam aqui mais de 200 homens”, referiu Francisco Rosa realçando com o polegar direito que “os bombeiros são homens a 100 por cento”. Na opinião deste morador o fogo teve origem criminosa. O facto de ter começado a deflagrar junto à estrada também levanta a hipótese de ter sido provocado por uma beata de cigarro mas Francisco Rosa torce o nariz a esta teoria e diz que este “teve que ser posto por alguém”.
O incêndio teve início em Portela da Nexebra, na freguesia da Alviobeira e chegou a meio da tarde à aldeia de Ceras, passando pelo Touco e Pias e colocando algumas habitações em perigo.

De acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, no local estiveram 61 homens, 17 viaturas e três meios aéreos.
Segundo o comandante dos bombeiros de Tomar, arderam 86 hectares, estimativa que é considerada por baixo.

18 de agosto de 2005

Notícia de carácter local

Iluminações de Natal colocadas no próximo fim-de-semana
As tradicionais iluminações de Natal nas ruas da cidade vão começar a ser montadas a partir do próximo fim de semana, garantiu a “O Templário” Duarte Nascimento da Acitofeba.
Segundo este responsável a empresa adjudicada para efectuar a montarem das iluminações é a Som Ideal, uma empresa de Iluminação Ornamental e Decorativa de Castanheira de Pêra.
Tal como vem acontecendo desde há alguns anos a esta parte, o projecto é totalmente gerido entre a Acitofeba e a Câmara Municipal de Tomar, sem quaisquer encargos para os comerciantes. Segundo Duarte Nascimento, este ano vai voltar a ser iluminada a rua do Centro Republicano que, no ano passado, por causa das obras do novo estádio municipal apenas foi adornada com um arco no início da rua, facto que gerou alguma contestação por parte dos comerciantes daquela artéria. “O estádio já está concluído pelo que a rua vai ser adornada tal como as outras”, esclarece.

12 de agosto de 2005

Jornalismo Regional é...

Este surpreendente aviso no Jornal "A Comarca da Sertã... " de 12 de Agosto

"VAMOS DE FÉRIAS
Possibilitando umas curtas férias a quantos semanalmente fabricam este jornal, nos dias 19 e 26 de Agosto não se edita "A Comarca da Sertã". (...) Voltaremos ao convívio dos nossos estimados leitores no dia 2 de Setembro.

Redacção e Administração


Férias, são férias... mais nada!!!

Valor-Notícia: INCOMUM

“O Templário” visitou-a no Corujo, Madalena
"Ti Maria" é a mais idosa de Portugal

Fomos encontrar a Ti Maria sentada na marquise como faz todos os dias. “Antes ainda ia apanhar sol, para a porta, mas agora já lhe custa a andar”, explica a sua filha, Madalena de Jesus que, com 80 anos, todos os dias cuida da mãe. Ás vezes ainda vai ver o programa do Fernando Mendes (O Preço Certo em Euros), “o gordo como lhe chama”. Quando o faz, está sentada em frente à televisão até cerca das 20h30, altura em que janta. Em relação à ementa, o peixe é o alimento eleito da idosa embora também adore batatas fritas. “Ela quer jantar logo para ir para a cama também cedo mas depois quer levantar-se à noite e isso não pode ser porque eu também tenho que descansar”, explica Madalena de Jesus. Calada, a anciã ouve a conversa e a dada altura dispara curiosa: “Quem é esta menina?” ao que a filha, pacientemente, passa a explicar que “é do jornal”. Mas Maria de Jesus já está habituada à presença dos jornalistas. “Ainda na semana passada esteve cá o Correio da Manhã, a dar-me a notícia que a minha mãe era a mais idosa do país, mas eu já sabia pois um senhor de Lisboa já me tinha telefonado a contar”, explica. De vez em quando recebe também a visita de curiosos. “De tempos a tempos aparecem aqui para a ver e dizem-me sempre que está muito boa para a idade”, explica Madalena de Jesus.

11 netos, 16 bisnetos, 1 trineto

Maria de Jesus ainda tentou aprender a ler, o ano passado, mas “a cabeça” não permitiu realizar esse sonho. Ainda aprendeu as letras A e I mas depois começou a ficar cansada e resolveu-se parar com as aulas. “Ainda chegou a reconhecer algumas palavras mas agora já esqueceu tudo”, explica a filha.
Natural do Olival, Ourém, Maria de Jesus tem 111 anos mas não parece. A sesta depois do almoço é obrigatória e a saúde é avaliada todos os meses, tomando meio comprimido diário para controlar a tensão e outro comprimido semanal para os intestinos. E qual é o segredo para tamanha longevidade? Madalena de Jesus diz que “não sabe” uma vez que na família não se registaram casos semelhantes. “Tive um tio que morreu com 93 anos, irmão dela, que é o caso mais próximo”, contou a “O Templário”.Maria de Jesus, viúva desde 1951, tem 11 netos, 16 bisnetos e um trineto. No próximo mês, a 10 de Setembro, faz 112 anos. “Não é por ser minha mãe, mas tem muito bom aspecto, não acha?”, remata orgulhosa Madalena de Jesus

9 de agosto de 2005

Comunicado num Jornal Regional

Publicado no Jornal "Notícias de Fátima" de 29 de Julho de 2005:

COMUNICADO
"Comunica-se que o Sr. Carlos Correia Filipe (Carlos da Alda)
andou a fazer um peditório com o intuito de angariar fundos
para a reparação de uma cadeira electrica , alegando que o falecido
Zé da Farmácia a tinha danificado.
A cadeira foi-lhe devolvida à mais de 4 anos.
Esta, só esteve na posse do falecido Zé da Farmácia oito dias.
A própria cunhada do Carlos da Alda , que a guardou 4 anos,
confirma que a cadeira estava em boas condições.
A família vem por este meio informar que tal acusação é falsa."

Terras de Portugal (II)

Drama de ucraniano em Tomar

“Não quero esmolas, quero um emprego digno”


Chama-se Constantino Polizhay, tem 42 anos e é engenheiro civil.
A viver há 4 anos em Portugal, Constantino está, neste momento, desempregado e precisa de ganhar dinheiro para enviar aos dois filhos que tem na Ucrânia. Para piorar a situação, separou-se recentemente da actual mulher e, desde que saiu de casa, dorme onde calha, muitas vezes no carro, que entretanto pôs à venda.

“Não quero esmolas, quero um emprego digno”, começa por dizer Constantino. A sua dignidade é impressionante. A vida deste ucraniano sofreu um primeiro revés quando teve um acidente de trabalho na fábrica da Platex, em Setembro do ano passado. “Fui para a Platex onde trabalhava como chefe de turno”, começa por contar num português fluído. “No dia 28 de Novembro de 2004 ao puxar uma palete de platex senti uma dor na coluna e fiquei bastante mal”, explicou ao nosso jornal. Constantino foi operado no dia 9 de Fevereiro no Hospital da CUF em Lisboa e ficou de baixa médica. Apesar deste acidente, como vivia com a segunda mulher, num apartamento em Tomar, tinha apoio para aguentar a situação. No dia 5 de Maio sofre um segundo golpe: “Ligo ao meu filho na Ucrânia porque era o seu 19.º aniversário e ele dá-me a notícia que a sua mãe, minha primeira mulher, tinha desaparecido num tornado na Ucrânia”, conta emocionado. Os dois filhos, uma rapariga de 15 e um rapaz de 19 anos, ainda a estudar precisam de dinheiro uma vez que vivem em casa da avó, que sobrevive com 50 euros de reforma. Eis que nesta altura, surge o terceiro revés: “A minha segunda mulher chateia-se porque não aceita que ajude os meus filhos. Obrigou-me a escolher, escolhi os meus filhos”, conta ao mesmo tempo que encolhe os ombros.
Sem trabalho, sem saúde, sem casa, sem dinheiro para enviar para os filhos, a vida deste ucraniano é vivida com a esperança que apareça um emprego compatível com o seu problema de saúde. “Não tenho medo de trabalhar, apenas não posso fazer um trabalho com muito esforço físico por causa da coluna”, explica. E conta um episódio recente que prova isto mesmo: “No dia 7 de Junho vou a uma consulta porque a baixa estava a acabar e o médico diz que posso voltar ao trabalho mas não posso fazer esforços”. Constantino arranja então emprego numa obra mas como supervisor. A realidade é, no entanto, diferente: “Arranjo emprego na construção civil, dizem-me que é para supervisionar uma obra mas mandam-me carregar blocos de cimento”. Aguentou três dias. “Senti muitas dores na coluna, tive outra vez que ir para o hospital para ser observado” , explicou a “O Templário”. Não bastava os problemas de saúde, Constantino diz que não recebeu dinheiro nenhum desses três dias e que procurou esclarecer esta situação no Tribunal de Trabalho de Tomar. Outra vez a má sorte: “Fui ao Tribunal de Trabalho pedir ajuda e informam-me que estão de férias até Setembro”.
Apesar da sua delicada situação. Constantino Polizhay gosta de viver na cidade do Nabão. “Estou em Portugal há quatro anos e vim logo para Tomar. Gosto de aqui estar, tenho cá muitos amigos e acho que as pessoas são agradáveis.”
Aprendeu português sozinho com a ajuda de um dicionário. Ainda foi a uma escola de Línguas de Tomar perguntar o preço por uma lição de português mas ficou estupefacto com a resposta: “Pediram-me 20 euros por uma hora de lição... isso não ganho eu num dia de trabalho”, contou ainda indignado.
Durante os quatro anos que esteve em Portugal, o ucraniano trabalhou em vários sítios, “sempre com os papéis todos em ordem, a fazer descontos para a segurança social”, como faz questão de frisar. “Gosto de tudo correcto, dentro da lei”, afirma.
“Não queria sair de Tomar, gosto desta cidade e das pessoas”, conta. “Preciso de um emprego mas não pode ser pesado por causa dos problemas da coluna. Pode ser de jardineiro, supervisor, porteiro ou distribuidor... trabalho bem”, disse ao nosso jornal. E, no alto da sua dignidade, fez questão de pagar o café à repórter de “O Templário”.

2 de agosto de 2005

Jornalismo Regional é...

Esperar que o mês de Agosto (Silly Season) passe depressa...

29 de julho de 2005

Valor-Notícia: IMPREVISTO

Fazer notícias sobre acidentes não é fácil, especialmente quando presenciamos o acontecido. Há que respeitar o trabalho das equipas de socorro, encontrar o equilíbrio entre o drama dos envolvidos e o papel que nós jornalistas temos: o de recolher o maior número de pormenores e tirar fotografias que complementem o nosso trabalho. Como jornalista quero chegar mais perto, tirara as melhores fotos, tentar falar com as protagonistas do acidente mas, em consciência, não me parece ético fazê-lo. É o eterno dilema: até onde posso ir, ficando bem com a minha consciência. Eis um exemplo recente:

“O Templário” testemunhou

Despiste na curva dos marcos provoca dois feridos

Na passada sexta-feira, pelas 19H30, um carro despistou-se na Estrada das Algarvias, na conhecida “curva dos marcos”, caindo entre as árvores da ravina.. Deste aparatoso acidente, resultou um ferido grave e um ligeiro. O acidente ocorreu mesmo à entrada de Tomar, na estrada da Algarvias, na curva dos marcos, assim chamada por ter pequenos marcos vermelhos e brancos a delinear a curva, e onde a reportagem, de “O Templário” foi encontrar uma grande concentração de pessoas que olhava para as árvores em baixo. Um carro, um opel corsa branco com matrícula francesa, que se deslocava em direcção a Tomar, com três jovens no seu interior, tinha acabado de capotar, dando um salto de cerca de quatro metros de altura. “Ponha lá no jornal que, para evitar mais acidentes, deviam pôr nesta curva barras de protecção... não são os marcos que evitam as quedas” disse a “O Templário” um morador local.
Quando a reportagem do nosso jornal se deslocou ao local, pelas 19H45, duas jovens de 13 e 16 anos ainda se encontravam no interior do veículo, aguardando o socorro das equipas de salvamento. A condutora aguardava socorro sentada no chão, já fora da viatura.

(notícia desenvolvida na edição de O Templário desta semana)

Jornalismo Regional é...

O sr. Albertino ligar-me às nove da manhã a reclamar, embora de forma simpática, que a fotografia que eu lhe tirei "não foi publicada". Muitas vezes, seja no jornal regional, seja num jornal nacional, há notícias que ficam de fora por uma questão de espaço. E as peças que não perdem actualidade são, obviamente, as que podem ser guardadas para a edição seguinte. Sr. Albertno, fique descansado!

27 de julho de 2005

Valor-Notícia: INSÓLITO

A loja dos escudos

Se ainda guarda notas de escudos em casa saiba que no coração da cidade existe uma loja que ainda aceita que se paguem as compras com moeda antiga. Aberta ao público há quase cinquenta anos, a Lindete é uma loja de electrodomésticos e utilidades para o lar que tenta sobreviver à crise.
“O negócio está muito mal, nem com escudos vai lá”, refere Olinda Mendes, gerente desta casa.
(Peça a publicar na próxima edição de " O Templário")

25 de julho de 2005

Jornalismo Regional é...

A D. Arminda, dos Montes, ligar para o jornal a reclamar que "eram três helicópteros e não dois como está na notícia" que estiveram a combater as chamas que ameaçaram a sua casa e que "foram, sim senhora, os helicopteros que salvaram a sua habitação".

22 de julho de 2005

Vândalos à solta em Vale de Assamassa

António Duarte não tem descanso e já perdeu a conta às vezes que “um grupo de vândalos” causou estragos na sua propriedade em Vale de Assamassa, freguesia da Beselga. No último fim-de-semana, a sua pequena quinta foi palco, uma vez mais, destes actos de destruição. Nem os vasos das flores da mulher escaparam.
“Isto é autêntico terrorismo... só queria que me deixassem em paz”, referiu a “O Templário” este homem de 65 anos, muitos deles passados a trabalhar no Canadá.
Na quarta-feira dia 13, esteve o dia todo a cuidar das suas plantações. “Estive quinta e sexta-feira sem lá ir e no sábado deparo-me com isto”, referiu, acrescentando estar “farto” da situação. Dos estragos causados, contabiliza os prejuízos na ordem dos 1.250 euros. Para além de terem destruído várias telhas do telhado da pequena casa que construiu para apoio aos trabalhos agrícolas, os infractores partiram os vidros da pequena habitação, arrancaram a placa que dizia “entrada proibida”, cortaram o arame que delineava o seu terreno e levaram muitos frutos. Na lista dos estragos, António Duarte realça um em particular que muito o preocupa. “Despejaram-me um poço com 22 mil litros de água e agora, como não chove, não sei como vou regar as minhas coisas”. Além disso, o mais certo é que, na opinião do ex-emigrante, “sem água o depósito vai estalar e ficar sem utilidade”.

(Notícia desenvolvida na Edição de O Templário desta semana)

19 de julho de 2005

Jornalismo Regional é...

prestar atenção redobrada às conversas que se têm no café...

O orgulho de ser vila

16 de julho de 2005

13 de julho de 2005

Incêndios e Jornalistas


Em boa hora participei em Maio no Seminário do Cenjor sobre "Incêndios e Cobertura Jornalística".

12 de julho de 2005

Jornalismo Regional é...

Não ter tempo para grandes almoços em dia de fecho de edição!

Agenda de contactos

Eu já tinha esta ideia mas agora, que me encontro a trabalhar num órgão de informação regional, ela comprova-se ainda mais: a agenda de contactos é a ferramenta principal de qualquer jornalista. Um conselho para quem quer seguir a profissão: comecem hoje mesmo a fazer a vossa agenda e a coleccionar o número de telemóvel de todos os que conhecerem, mesmo o da porteira do vosso prédio...

8 de julho de 2005

“Nunca imaginei uma coisa destas”

Alexandre Sirgado, 35 anos, estava casado há 13 anos com Marta quando, a 21 de Julho de 2003, uma segunda-feira, a tragédia lhe bateu à porta. Pouco passava das 15H00 quando lhe telefonaram a avisar que a mulher tinha tido um acidente grave numa máquina que operava na Tonova. “O Templário” conta-lhe como vive a família de Marta desde então.

Na véspera do acidente ter ocorrido Alexandre não saiu para tomar café, como fazia todos os dias. “Fiquei em casa a conversar com ela e a ver televisão”, contou ao nosso jornal. Foi um fim-de-semana normal como o de muitas outras famílias. Marta tinha ido cortar o cabelo e Alexandre sugeriu também que o pintasse. “Ela tinha muitos cabelos brancos, era de família”, explicou Maria Rosa Sirgado, mãe de Alexandre e sogra de Marta. A jovem anuiu ao desejo do marido. “Ficou muito bonita, ela estava contente”, continuou Maria Rosa. (... a história completa na edição desta semana d' "O Templário")

1 de julho de 2005

Jovens e armas

Infelizmente, continuo a escrever sobre casos como este:

Atingiu amigo com arma do pai

Uma brincadeira de amigos com armas acabou, uma vez mais, em tragédia. É mais um caso ocorrido no distrito de Santarém, desta vez na noite de sábado, dia 25 de Julho. Rui Vicente, um jovem de 19 anos, matou o melhor amigo, João Pedro Santos de 18 anos, quando lhe mostrava a arma de colecção do pai. O drama aconteceu na pacata aldeia de Mata de Baixo, concelho de Rio Maior.

“Eram mais ou menos 20H30 de sábado... Estava sentado nesta mesa, quando ouvi um grande estrondo”, contou-nos o proprietário do café “O Parente”, localizado mesmo ao lado do n.º 2 da Rua da Escola Primária, onde aconteceu a tragédia. “Levantei-me, fui até lá e deparei-me com os jovens em desespero”, recordou o comerciante. A história deste caso conta-se em poucas linhas. Com as férias à porta, quatro amigos decidiram fazer um jantar. A festa estava combinada em casa de Rui Vicente, uma vez que os pais deste tinham viajado para o norte durante o fim de semana. “O Rui e o João estavam a jogar no computador um jogo de armas e o Rui foi buscar a do pai para mostrar ao amigo como era”, contou-nos uma amiga dos rapazes. “Eram os melhores amigos, o Rui está de rastos”, contou a jovem ”. Ao que parece o Rui estava a mostrar a arma ao amigo quando, por razões que estão a ser investigadas, a arma disparou, atingindo João Pedro Santos por cima do olho direito. (...)

Notícia completa na edição desta semana de O Templário"

Casos de Polícia

Gosto muito de tratar os chamados "casos de polícia".
E também de tratar o lado humano destes casos, investigar, tentar saber a origem , o que despoletou os mesmo, respeitando sempre o limite privado dos envolvidos, obviamente.
O caso da Sara, a jovem de 16 anos que morreu sem, até ao momento, se apurar as causas da sua morte, nunca poderia ter "passado em branco" nos jornais regionais. A morte de uma jovem nestas circunstâncias para mim, é sempre notícia, digam o que disserem.

28 de junho de 2005

Jornalismo Regional é...

- Ligar para os Bombeiros sempre que toca a sirene...

24 de junho de 2005

Estudos sobre Jornalismo Regional

Será que a imprensa regional tem virtualidades para se constituir como um dos pilares possíveis para a criação de um espaço público, na medida em que a proximidade entre a decisão política, o espaço mediático e a vida quotidiana anula os efeitos indesejáveis da massificação? A questão tem vindo a ser reflectida por diversos autores.

Ler mais em aqui num artigo de João Carlos Correia

PJ detém suspeitos de crime encomendado

A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação criminal de Leiria, deteve na última sexta-feira, 17 de Junho, os três homens sobre os quais recaem fortes suspeitas de estarem envolvidos na prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada a um empresário da zona de Freixianda, Ourém. O móbil do crime, perpetuado em Janeiro de 2004, pode estar relacionado com questões passionais.

O caso remonta a Janeiro do ano passado quando, supostamente, um homem de 50 anos, empresário da construção civil, de Ourém, terá contratado dois indivíduos, de 17 e 27 anos, residentes na margem sul do Tejo para assassinarem o industrial. Na ocasião, o empresário foi baleado na perna, junto das instalações da sua empresa, perto da vila de Freixianda, Ourém, tendo sobrevivido à emboscada. Uns dias antes da ocorrência, os indivíduos “contratados para o serviço”, já tinham tentado perpetuar o crime, barrando o carro da vítima à beira de uma estrada, tendo na altura desistindo dos seus intentos devido a aproximação de outra viatura. Na altura o caso foi relatado à polícia que, mesmo assim, não evitou o pior.
Ao que pudemos apurar, junto de habitantes das redondezas da vila, a vítima tem uma fábrica de reciclagem de plásticos, no Valongo, uma pequena localidade constituída na sua maioria por pinhal, e na vila fala-se que este “estaria envolvido com a mulher do mandante”, que fez isto por “vingança”.

Caso pouco falado na vila


Na pacata vila da Freixianda, onde aconteceu o crime, poucos são os habitantes que sabem ou querem falar sobre o caso. “Sei que o empresário baleado não vive aqui, apenas tem cá o negócio”, referiu à nossa reportagem o proprietário de um café da vila ribatejana. Segundo a PJ, que andava a investigar o caso há mais de um ano, os indivíduos envolvidos neste crime por encomenda foram capturados na zona do Seixal.
Os três detidos foram a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Ourém. Aos dois executantes do crime foi aplicada, como medida de coação, prisão preventiva. Quanto ao mandante do crime, alegadamente o autor moral da ocorrência, foi-lhe decretada prisão domiciliária, não podendo sair da sua residência até ao final do julgamento.

Capturado suspeito de assalto a doze farmácias do distrito

A PSP de Abrantes deteve na tarde desta terça-feira, um homem de 20 anos, suspeito de ser o autor dos assaltos à mão armada a farmácias que, de há uns tempos para cá, se têm registado em todo o distrito de Santarém. O homem foi detido na sequência de diligências iniciadas assim que chegou ao conhecimento da PSP que tinha ocorrido o furto de uma viatura, um Fiat Uno, em Abrantes, por volta das 13H30, ao que seguiu um assalto a umas bombas de combustíveis na zona de Tomar (como noticiamos na página 8 desta edição).
Os agentes da PSP de Abrantes surpreenderam os dois autores do furto, mas um conseguiu fugir, suspeitando-se que o indivíduo detido, residente na zona de Abrantes, é o autor dos assaltos à mão armada às farmácias do distrito. Os agentes da PSP de Abrantes chegaram a esta conclusão uma vez que a descrição do detido corresponde aos dados de identificação das testemunhas dos assaltos e das filmagens feitas pelas câmaras de segurança de algumas dos estabelecimentos assaltados.
Dentro da viatura apreendida foi encontrado material utilizado nos assaltos, bem como uma arma de pressão de ar, um capuz, um boné e luvas.
Recordamos que no espaço de pouco mais de um mês foram assaltadas 12 farmácias no distrito de Santarém, além de duas tentativas frustradas. O modo de actuação dos assaltantes era sempre o mesmo. Um dos indivíduos entrava no estabelecimento armado e encarapuçado e, mantendo os funcionários sob ameaça, roubava o dinheiro em caixa e saia a correr do estabelecimento até uma rua onde o aguardava o cúmplice, dentro da viatura furtada. O facto dos assaltos ocorrerem geralmente depois do furto de uma viatura na zona de Abrantes levou a que as forças policiais fossem colocadas de sobreaviso nesta área. A policia Judiciária de Leiria está a investigar o caso, dado que se trata de assalto à mão armada.

21 de junho de 2005

Morte de jovem com causas por apurar

Uma jovem de 16 anos, natural de Tomar, faleceu no domingo no Hospital de Santa Maria em Lisboa. As causas da sua morte estão ainda por apurar.
Segundo Cristina Gonçalves, directora do Serviço de Urgência do Hospital de Tomar, a jovem entrou no serviço de urgências na sexta-feira, dia 10, por volta das 21h, apresentando um “quadro de insuficiência respiratória grave”, sendo prontamente “ligada a um ventilador”. Duas horas mais tarde, foi transferida para o serviço de urgências do Hospital de Santa Maria, embora já tivesse um lugar reservado nos cuidados intensivos, onde viria a ficar por mais dois dias, sempre ligada ao ventilador.
Na escola secundária Santa Maria do Olival, onde a jovem frequentava o 11.º ano da área de humanidades, colegas e professores estavam “em choque”, segundo referiu ao “O Templário”, Maria Celeste Sousa, presidente do Conselho Executivo, daquele estabelecimento de ensino.
A jovem viria a falecer por volta das 17 horas de domingo, por razões que Cristina Gonçalves, não quis adiantar, “por solidariedade à família” de quem era próxima.