29 de dezembro de 2006

21 de dezembro de 2006

20 de dezembro de 2006

Ferrador há 50 anos

A profissão de ferrador, pelo menos nos moldes antigos, está em vias de extinção. Aos 61 anos, José Vicente Rodrigues trabalha na arte de ferrar desde os onze anos. Daí também ser conhecido pela alcunha de “Perna atrás”, epíteto que herdou do avô.

“Quem não gosta do que faz nunca pode ser um bom ferrador”. Quem o diz é José Vicente Rodrigues que ainda era um gaiato e já se tinha estreado na arte de ferrar. Aprendeu o ofício assim que fez a 4.ª classe e nunca quis fazer outra coisa na vida.
Natural de Casével, uma freguesia do concelho de Santarém, José Rodrigues herdou do avô e do pai a profissão na qual tem orgulho de trabalhar há mais de cinco décadas. Foi o pai que o iniciou nesta arte familiar.
De dois em dois meses, este ferrador desloca-se da sua terra a uma quinta dos arredores de Tomar para mudar o calçado aos animais que conhece como a palma das suas mãos.
Homem simpático e humilde, José Rodrigues ainda se lembra de ferrar bois, um trabalho que deixou de fazer quando deixaram de existir juntas de bois para os lados onde vivia. O ferrador recorda que era mais fácil por ferraduras nos bovinos (canelos) do que nos equídeos, trabalho a que actualmente se dedica a fazer um pouco pelas coudelarias e cavalariças da região: “Os cavalos tem um comportamento diferente… dão mais trabalho. Nenhum ferrador deve começar a ferrar um cavalo sem falar primeiro com ele”, explicou.
Criada a empatia com o animal, o movimento seguinte passa por olhar para as patas do cavalo e inteirar-se quer da forma quer do desgaste da ferradura. Antes de colocar a nova ferradura é necessário fazer o aprumo do casco (taipa) do animal para quer o trabalho seja feito como deve ser. “A taipa é como as nossas unhas. Como crescem têm que ser cortadas”, explica com conhecimento de causa.
José Rodrigues sabe do que fala uma vez que conhece todos os ossos e as cartilagens que formam as extremidades das patas dos cavalos. Só depois avança no trabalho, malhando as ferraduras com a ajuda de um martelo numa pesada bigorna de ferro, à maneira antiga. Com o brio profissional de que se orgulha, José Rodrigues dá às ferraduras as inclinações apropriadas para o cavalo que vai “calçar”. Segundo o profissional a ferradura deve ser ligeiramente arqueada tanto de trás para a frente como lateralmente para o cavalo poder ter um andar correcto e não começar a coxear.
Actualmente, já não são os cavalos que se deslocam até ao ferrador mas sim o ferrador que se desloca à cavalariça, a pedido dos proprietários dos belos animais. De dois em dois meses, no máximo dois meses e meio, os animais têm de ser ferrados de novo pelo que é com esta regularidade que se desloca aos seus clientes.

Avental em cabedal, como manda a tradição

Para o efeito, José Rodrigues transporta todo o estojo de trabalho que é necessário instalando a sua oficina numa carrinha de caixa aberta. O ferrador continua a utilizar as ferramentas de sempre – e que não se modificaram muito ao longo do tempo - as turqueses para tirar os pregos(cravos) e as grosas para desbastar o casco, as facas curvas e os martelos, os cravos e as ferraduras, a bigorna e o cepo. José Rodrigues faz ainda questão de usar, enquanto trabalha, o avental de ferrador em cabedal tal como manda a tradição.
Quando começou a trabalhar, levava 20 escudos para ferrar um cavalo. Agora, e passados, 50 anos, o trabalho de ferrar um cavalo custa cerca de 55 euros (mais IVA), preço que inclui a viagem de deslocação por isso quando José Rodrigues se desloca para fazer um trabalho tem, normalmente, à sua espera cerca de quatro ou cinco cavalos. “Não compensa andar uma série de quilómetros só para ferrar um cavalo… Tem que haver mais animais, mas um bom ferrador não consegue ferrar mais de quatro ou cinco cavalos por dia”, explica.
Em relação ao tempo que demora a ferrar cada cavalo, o nosso interlocutor refere que o mesmo depende da personalidade do animal: “Se o cavalo colaborar demora cerca de hora e meia mas pode demorar duas horas e mais se não estiver com vontade”.
Os cavalos são ferrados por volta dos três anos e meio, quando começam a ser desbastados e mudam de ferraduras entre cinco a seis vezes por ano. José Rodrigues já perdeu a conta ao número de ferraduras que mudou, porque afinal, atrás de si já dedicou cinco séculos de vida a “calçar” os cavalos. E enquanto tiver saúde garante que vai continuar a fazer o que mais gosta e sabe.

14 de dezembro de 2006

História de um coveiro de Tomar já foi milionário

Em 1996 Carlos Manuel Ferreira Simões, coveiro municipal, fez um seis no totoloto. Passados dez anos “O Templário” quis saber o que aconteceu ao tomarense que um dia já foi milionário: gastou quase toda a fortuna na construção de uma vivenda e continuou a trabalhar como coveiro.

Fomos encontrá-lo no cemitério de Marmelais, onde trabalha há 20 anos. Combinado o trabalho para dali a dois dias, Carlos Simões, 41 anos, aceitou falar sobre o dia em que viu a sua vida mudar: 5 de Fevereiro de 1996. Tinha 31 anos e ganhou, na altura, mais de 23 mil contos no totoloto.
“Lembro-me desse dia porque andava a abrir uma cova para um senhor e, na lápide dele está lá essa data”, recordou. Em anos anteriores, Carlos Simões já jogava com mais 19 pessoas numa sociedade mas, por azar, desistiram da sociedade umas semanas antes de poderem vir a ser contemplados com o primeiro prémio. “Se tivéssemos continuado a jogar na sociedade, e com aquela chave, tínhamos feito um seis e o suplementar. Na altura, calhava-nos dois mil contos a cada um”, contou.
O episódio causou-lhe algum transtorno pelo que decidiu continuar a apostar na sorte grande, desta vez, sem sócios à mistura. Andou quase um ano a jogar sozinho até que chegou o dia em que foi bafejado pela sorte grande. “Tinha jogado com duas chaves de oito números e foi o senhor Zé que me viu os totolotos num café onde eu ia comer qualquer coisa, que ficava por detrás do cemitério velho, é que me disse que num deles eu tinha um seis… Depois demos um abraço”, recordou ao nosso jornal. Nesse dia ficou fora de si e, assim que pode, dirigiu-se à Papelaria Nova, em Tomar, onde tinha metido o boletim, para confirmar o que, até ali lhe parecia um sonho. “Na papelaria não me quiseram dizer nada mas mais tarde recebi um telefonema a dizer que tinha tido um seis e a perguntar se queria ir à televisão”, relatou-nos. Nessa semana o primeiro prémio foi dividido por Carlos Simões e mais cinco totalistas. “Naquele dia à noite, não tenho vergonha de dizer que chorei”, confessou.

História completa na edição do Jornal O Templário de 14/12/2006

Um computador para Antonieta

A.C. D. R. da Serra promove recolha de fundos

Sensibilizados com a história de Antonieta Monteiro, a jovem de 32 anos que sofre de esclerose múltipla e que vive isolada em casa na povoação de Hortinha, freguesia da Junceira, a Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Serra vai promover uma subscrição de fundos com vista à aquisição de um computador adaptado às necessidades específicas da tomarense. Os interessados em colaborar com a iniciativa podem contactar a A.C.D.R. da Serra através do telm. 918844417 (Abel Oliveira) ou e-mail a.c.d.r._serra@clix.pt

Antonieta Monteiro (na foto) sofre de uma doença incurável

Edição n.º 938

7 de dezembro de 2006

O Sorriso de Antonieta

Antonieta Monteiro sofre de esclerose múltipla

“Sinto que morri para o mundo”
É uma jovem de sorriso aberto que nos recebe à porta de casa, na Hortinha, uma povoação isolada na freguesia da Junceira, no concelho de Tomar. Aos 32 anos, Antonieta Monteiro tem uma força invulgar face à partida que a vida lhe pregou: uma doença que a vai minando progressivamente e que para a qual a ciência ainda não descobriu a cura. Apesar de sentir que “morreu para o mundo e ninguém parecer importar-se com isso” o sorriso de Antonieta dá-nos a todos uma lição.

Se existem histórias de vida que impressionam até quem está habituado a ouvir histórias todos os dias, a de Antonieta Monteiro é uma delas. “Sou uma pessoa estranha... sinto que não sou nem nunca fui como as outras pessoas”, começa-nos por avisar, antes de contar como foram os últimos 11 anos da sua vida.
Antonieta era uma jovem como todas as outras quando, aos 21 anos, tudo mudou. Estava a terminar o bacharelato em Informática na Escola Superior de Gestão de Santarém e tinha acabado de regressar de Inglaterra onde tinha participado no intercâmbio Erasmus quando surgiu o primeiro de muitos surtos que a doença provoca. “Fui perdendo a visão gradualmente até deixar de ver... depois recuperei”, contou-nos. Esclerose múltipla foi o diagnóstico inicial que depois outros surtos iriam confirmar. Mesmo assim, conseguiu no ano seguinte terminar o bacharelato. Trabalhou numa loja de informática em Tomar e chegou a dar aulas. Depois pensou em candidatar-se ao ensino. “Para ter hipóteses de entrar no ensino sabia que tinha que tirar a licenciatura e por isso, mesmo com a doença, inscrevi-me”, refere.
“Esta é uma doença incurável do foro do sistema nervoso central que nos vai destruindo gradualmente”, descreve a jovem que confessa ter, actualmente, alguma dificuldade de se concentrar. Coisa que não se nota no seu discurso fluido e simpático, onde as palavras saem sem enganos. Apesar de também confessar que ali, no lugar de Hortinha, não tem muita gente com quem falar. “Passo os dias a falar com as plantinhas mas eu costumo dizer que elas não me respondem”, conta-nos a sorrir para depois dizer o que lhe vai na alma: “As pessoas não esperam que alguém na minha situação ainda tenha humor e diga piadas mas eu costumo dizer que sou do contra.... Não sei como ainda não endoideci aqui no exílio”.
O exílio, como lhe chama é a casa dos pais onde diz estar há 810 dias. Porque Antonieta conta os dias. Os dias desde que deixou Santarém, já no último ano da licenciatura de Informática a duas cadeiras de concluir o curso. “Nos serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Santarém acharam que eu já lá andava há muito tempo e cortaram-me a bolsa de estudo e o alojamento. Como o dinheiro não nasce no chão, não pude estudar mais. Pensava que vinha passar um mês a casa (o mês de Agosto durante a qual a residência de estudantes está encerrada) mas acabei por ficar no exílio”, contou
Com 25 anos e depois de muitos surtos começou a depender de uma cadeira de rodas ou “veículo” como lhe prefere chamar. “A escola comprou esta cadeira de rodas monitorizada... foram espectaculares comigo”, refere.
Mas de que lhe vale ter a cadeira de rodas se, à sua volta, não há infra-estruturas adequadas, pergunta. “Eu aqui não posso sair de casa e, mesmo que saia, vou para onde?... Em Santarém ainda aterrorizava os carros (risos) quando me deslocava na cadeira de rodas mas aqui nem isso posso fazer”, diz-nos. Ali, na povoação de Hortinha, não passam carros. Ali não passam pessoas. Ali nada acontece.

Um computador para a ligar ao mundo

Quisemos saber como faz para preencher o vazio dos dias. A resposta surpreende. “Não gosto de ver televisão e tenho dificuldade em ler porque a vista treme-me muito... mas não estou o dia todo parada, na cama, como se calhar devia estar”, refere.
Da Hortinha para o mundo não existe qualquer ligação. Se tivesse um computador – que deveria ser convenientemente adaptado às suas dificuldades – talvez lhe fosse mais fácil. “Tenho saudades da informática, de mexer num computador, apesar de ter um problema com as minhas mãos que gelam tanto que às vezes não as consigo sentir”, confessa. “Teria que ter um monitor grande e talvez o rato tivesse que ser substituído por uma dragball... eu teria que o experimentar primeiro”, adianta.
Mas nem é o computador o que mais falta faz na vida de Antonieta Monteiro: “É a falta de interacção social, de conversar com as pessoas... Sinto que morri para o mundo e ninguém parece importar-se com isso”.
Actualmente, Antonieta Monteiro “sai do exílio” uma vez por mês. “Vou fazer acupunctura a Tomar. Sinto que está a dar alguns resultados”, conta. É nessa vez que sai que mata saudades do mundo. “Esse dia tem que ser muito bem aproveitado”, diz a sorrir. Pragmática, a jovem lamenta a falta de acessos para as pessoas que necessitam de uma cadeira de rodas para locomoção que existem nos vários edifícios da cidade. “Faz-me confusão que em Tomar não existam infra-estruturas adequadas aos utilizadores cadeiras de rodas. É incompreensível, por exemplo, que o espaço Internet e a biblioteca municipal – espaços que se destinam para o público, não tenham rampas para deficientes. Acho estranho como é que ninguém pensou nisso”, desabafa.
Actualmente a jovem diz que já não tem sonhos. “Não há condições para sonhar”. Antonieta é assim. Chama os bois pelos nomes. Diz que há quem não goste que ela seja assim. Mas a sua forte personalidade é algo que não consegue esconder. “As pessoas não me compreendem mas, eu mesmo assim, vou continuar a ser como sou”. E mantém o seu sorriso franco e aberto. Mesmo quando todos estivessem à espera que passasse os dias a chorar.

Edição n.º 937

29 de novembro de 2006

Massagens com essência de leste

Taras Kulyk, 44 anos, deixou a Ucrânia há seis anos, onde trabalhava na área da fisioterapia/massagens terapêuticas. Depois de um percurso inicial difícil, tal como acontece a muitos dos seus compatriotas, chegou agora a oportunidade de trabalhar na sua área em Portugal, num gabinete do Complexo Desportivo das piscinas municipais de Tomar. Agora só precisa de ter mais clientes.

Começou por nos fazer a proposta de mostrar como se aplica uma massagem de relaxamento. Aceite a massagem e comprovada a eficácia da mesma começamos a entrevista tentando desvendar o percurso de vida até ao actual momento.
Taras Kulyk, está em Portugal há seis anos e em Tomar há cinco. “A minha história é como a de todos os ucranianos. Quando cheguei a Portugal estive três meses a trabalhar como servente numa obra em Rio Maior. Depois chegou minha esposa (que na Ucrânia era professora) e arranjamos trabalho numa empresa de Tomar, os Aviários de Santa Cita”, explicou.
Sempre a lutar por uma vida melhor, a esposa de Taras arranjou emprego mais tarde como doméstica interna numa Quinta (Anunciada Velha, em Cem Soldos) e ele também para lá foi trabalhar como motorista. “Este ano recebi a residência a que tinha direito por lei e como já tínhamos ideia de arranjar vida por cá decidimos tentar fazer por cá aquilo que mais gostamos”, disse ao nosso jornal. “Na Ucrânia trabalhava em hospitais e clínicas mas aqui como não tenho equivalência a fisioterapeuta não posso trabalhar em hospitais”, explicou.
Entrevista integral na edição d' o Templário

Edição n.º 936

24 de novembro de 2006

Jantar Lusitano promove viagem de sabores

Pelo terceiro ano consecutivo a Escola Secundária Santa Maria do Olival, em Tomar, promoveu um jantar confeccionado ao modo do povo lusitano

O Prof. Doutor Jorge Paiva, ilustre biólogo e professor do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra foi, uma vez mais, o organizador deste jantar, que levou os participantes a embarcar numa autêntica viagem de sabores. Antes do repasto, e com a vivacidade que lhe é característica, deu uma palestra no auditório da biblioteca municipal de Tomar sobre “A Floresta Portuguesa e Alimentação” durante a qual salientou a importância de se preservar o que ainda resta da floresta portuguesa.
“Infelizmente não estamos a replantar uma floresta compartimentada e o proprietário privado tem que se convencer que não pode fazer o que quer no seu campo agrícola. Se tiver um terreno na cidade não pode construir aquilo que lhe apetece. Então, de igual modo, não pode fazer a floresta que lhe apetece”, disse o professor, em género de mensagem final.

Edição n.º 935

Edição n.º 934

15 de novembro de 2006

Projecta acolhe exposição de Zé Ventura

Foi inaugurada na sexta-feira, 10 de Novembro, a exposição de pintura da artista plástica Zé Ventura e que vai ficar patente na loja Projecta, na Rua Dr. Joaquim Jacinto, em Tomar, até ao final do ano. Na mostra, composta por 16 quadros, podem ainda ser observadas várias peças de tecelagem e que já valeram à autora o prémio nacional e regional de tecelagem criativa.

(na foto, a autora junto a dois dos seus quadros)

9 de novembro de 2006

“Foi uma grande aflição”

Samuel Costa viveu no sábado, 4 de Novembro, uma aventura como poucos. O seu carro foi arrastado pela força da corrente das águas que galgaram as margens da Ribeira da Beselga, em Porto da Lage, tendo vindo a ser resgatado por um popular.

Tudo aconteceu por volta das 19 horas. Samuel Costa, 24 anos, estava no café e decidiu ir a casa, em Além da Ribeira, na freguesia da Beselga, comer qualquer coisa. 40 minutos depois decidiu regressar ao estabelecimento mas a coisa não correu bem. “Quando vim para casa vi que a estrada já levava um palmo e meio de água e quando voltei para lá avisaram-me para não passar porque a água estava muito alta mas não me pareceu e fui na mesma”, contou ao nosso jornal. Quando estava a atravessar a estrada principal do Paço da Comenda, o carro de Samuel Costa, um volksvagem G40, foi arrastado pela força das águas e foi parar em cima de um muro. As águas foram subindo cada vez mais e, sentado com o cinto de segurança, o jovem chegou a ficar com água pelo peito. Foi quando arranjou forças para tirar o cinto, abrir o vidro e subir para cima do tejadilho onde se agachou e esteve durante 20 minutos.

Reportagem publicada na edição 933

Edição n.º 933

“Feirinha de São Martinho” nas Aboboreiras

A Associação Recreativa das Aboboreiras vai organizar no dia 11 de Novembro a iniciativa “A Nossa Feirinha de São Martinho”. O convívio tem início pelas 15 horas com a abertura da feira com tasquinhas tradicionais, relembrando o início do século passado. Pelas 18 horas está prevista a actuação do Rancho Folclórico Infantil da Linhacheira seguindo-se, pelas 20 horas, um espectáculo-surpresa de magia.
O evento termina com a oferta de castanha assada para todos os presentes, não fosse este o dia de S. Martinho.

2 de novembro de 2006

Enxurrada mata 48 cabeças de gado

António Neves João, morador na Sabacheira, contabiliza em quase 12 mil euros o prejuízo sofrido na sequência das inundações na Sabacheira a 25 de Outubro

“Ainda hoje tenho nos meus ouvidos o grito dos animais a pedirem socorro”. Quem o afirma é Maria Arlete Nunes, proprietária das 48 cabeças de gado que sucumbiram à força da água que invadiu o seu curral na Sabacheira, a 25 de Outubro. Era ela quem cuidava todos os dias de dar ração aos animais. “Antes mesmo de comer vinha aqui cedinho tratar deles”, diz com lágrimas nos olhos… Eu a vê-las gritar e não lhes poder valer é que me custou muito. Pareciam pessoas a pedir socorro”, desabafa.
Moradora há mais de 20 anos na localidade de Sabacheira, Maria Arlete tão depressa não vai esquecer aquela quarta-feira. A aflição começou bem cedo, perto das oito da manhã. Na véspera tinha caído uma grande chuvada e a água foi-se acumulando na Ribeira de Seiça. Quando encontrou um muro de pedras de uma estrada nova, recuou e voltou para trás inundando tudo em redor.

Notícia integral na edição 932.

Edição n.º 932

26 de outubro de 2006

24 de outubro de 2006

Por acaso...


Conhecem alguém que, por opção, viva sem ter telemóvel?

Retratos da Procissão Infantil de Santa Iria

Programa televisivo sobre os Bombeiros de Tomar

Os Bombeiros de Tomar vão estar em destaque no próximo sábado, dia 28 de Outubro, pelas 12 horas, no programa “Vida por vida” do canal 2.
O programa televisivo dedicado aos soldados da paz esteve desta feita em Tomar onde recolheu entrevistas com o comandante da corporação, Manuel Mendes, e o vereador do pelouro da Protecção Civil, Carlos Carrão.
As gravações, efectuadas durante a passada semana, tiveram ainda oportunidade de focar a actividade da Associação dos Bombeiros, nomeadamente através da sua tasquinha na Feira de Santa Iria e, fruto do acaso das ocorrências, acompanhar os trabalhos na Roda na sequência dos ventos fortes que provocaram estragos em muitas habitações.

28 de setembro de 2006

27 de setembro de 2006

Santa Cita

Acabou um dos blogs mais divertidos que visitava. Tenho pena!

23 de setembro de 2006

18 de setembro de 2006

Informação

Para os interessados aqui fica o site do novo semanário Sol.

15 de setembro de 2006

“Ti Maria” apaga 113 velas

16 netos, 16 bisnetos, dois trisnetos, os três filhos ainda vivos, vários familiares e muitos amigos juntaram-se no Corujo, no passado domingo, 10, para comemorar o aniversário daquela que já é considerada “a avó” de todos os europeus.

Sentada em frente ao bolo de aniversário, Maria de Jesus mostrava-se bem disposta com toda a agitação em seu redor. Segundo a filha, ela sabia que fazia anos nesse dia. “Pediu-me para escrever num papel quantos anos é que faz para mostrar às pessoas”, contou.
De facto, de cada vez que alguém se aproximava para a parabenizar, Maria de Jesus mostrava o papel que indicava: “Maria de Jesus faz hoje 113 anos”. Depois repousava novamente o papel em cima da mesa, fixando o olhar no vazio. Um olhar que só se agitava quando alguma criança a enchia de beijinhos ou quando um familiar tentava mais insistentemente que ela o reconhecesse.
A maioria dos familiares reside longe de Maria de Jesus mas ninguém quis faltar à festa de aniversário da ‘Ti Maria’. “Já me disseram que como é a mais velha do continente já lhe chamam a avó da Europa”, contou Maria Madalena, de 81 anos que cuida há 17 da mãe.
(...)

Edição n.º 925

13 de setembro de 2006

Hoje no Clube dos Jornalistas

O Sol é maior do que Expresso?
Entre o "Expresso" que encolheu e o "Sol" que ainda não nasceu, o Clube de Jornalistas (Programa na 2) confere expectativas sobre o impacto que o novo jornal vai provocar. Na concorrência directa, na procura de novos leitores, na capacidade de resistência do "Expresso", no sector publicitário e na própria sobrevivência do "Sol".
Em estúdio a directora da "Meios e Publicidade", Carla Borges Ferreira, o antigo director-adjunto do "Expresso" Joaquim Vieira e o antigo director do "Diário de Notícias" Mário Bettencourt Resendes.
Responsáveis pelas duas associações de anunciantes prestam depoimento sobre as implicações publicitárias do novo jornal.
A moderação é de João Paulo Meneses, na quarta-feira, 13 de Setembro, depois das 23 e 30

7 de setembro de 2006

6 de setembro de 2006

Clube dos Jornalistas debate 11 de Setembro

O programa promovido pelo Clube dos Jornalistas regressa hoje de férias com uma edição dedicada ao tema "Os efeitos do 11 de Setembro no jornalismo". Para a exibição desta noite, foram convidados Rui Pereira, penalista, Luís Costa Ribas, correspondente da SIC em Washington na altura dos atentados terroristas, e Cesário Borga, jornalista da RTP que trabalhava como correspondente em Madrid quando aconteceu o acto terrorista de 11 de Março, na estação de comboios espanhola. O Clube dos Jornalistas acaba de festejar o seu 20.º aniversário e promove, entre outras iniciativas, os Prémios Gazeta, a mais prestigiada das distinções no trabalho jornalístico. Quanto ao programa, está por anunciar uma eventual mudança na periodicidade. Equaciona-se a exibição quinzenal.
Só é pena que comece tão tarde. É às 23h50 na 2.

Notícia de caracter local

Mais três guardas-nocturnos em Tomar
A Câmara de Tomar atribuiu mais três licenças para o serviço de guarda-nocturno na cidade, no âmbito do concurso aberto para o efeito. Nelson Filipe da Silva, António José Mendes Duarte Sousa e Adelino Abreu Marques passam agora a ser responsáveis pela segurança de estabelecimentos na área das freguesias urbanas de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais.

5 de setembro de 2006

Bombeiros com monitor de parâmetros vitais

Os Bombeiros de Tomar já contam com uma ambulância equipada com monitor de parâmetros vitais. O equipamento, que custou à autarquia 4.634 euros, foi pago com a verba oferecida aos Serviços Municipais de Protecção Civil, em Maio, pela Prossegur.
Na ocasião, aquela empresa privada de segurança, que colabora com a Câmara de Tomar como prestadora de serviços, ofereceu 1500 pinheiros bravos para reflorestação de áreas ardidas, duas árvores adultas para plantar num espaço verde da cidade e um donativo de 5000 euros destinado aos Bombeiros.
A opção para esta verba recaiu então na aquisição à firma Stericlin do aparelho Monitor Cardíaco, com ecrã de 10 polegadas, marca Medical Eco-Net – Compact 5 XL, acompanhado de acessórios, sonda de temperatura cutânea e 10 rolos de papel para electrocardiograma.
Com capacidade para analisar de imediato parâmetros como a temperatura corporal, ritmo cardíaco, tensão arterial ou respiração, o monitor permite à equipa de socorro que se desloca na ambulância fazer de imediato um primeiro diagnóstico do estado em que se encontra um acidentado ou acometido de doença súbita. Além dos cuidados imediatos que lhe podem prestar em viagem, ao chegarem ao Hospital podem ainda entregar um pequeno relatório com esses dados essenciais, que a máquina imprime.

Edição n.º 923

1 de setembro de 2006

Última edição


Tenho pena sempre que isto acontece.

30 de agosto de 2006

“A sinagoga está mal sinalizada”


No número 81 da Rua Dr. Joaquim Jacinto funciona há quase 30 anos a Electronel, uma oficina de reparações electrónicas. Joaquim Manuel Saraiva, sócio da oficina, referiu ao nosso jornal que todos os dias por ali passam turistas à procura da Sinagoga, uns números mais abaixo, chegando a entrar ao engano na sua oficina. “Para mim a Sinagoga devia estar mais bem sinalizada. Todos os dias vêm aqui gente a perguntar onde é. Está ali a placa ao início da rua mas as pessoas confundem muitas vezes a minha oficina e até a casa aqui ao lado (que tem uns suportes de jardins) pensado que é aqui”, refere. Segundo o nosso interlocutor, os turistas são na maioria dos casos, simpáticos. “Falo com muitos turistas diariamente. Ás vezes não entendo a língua deles mas como soletram Si-na-go-ga e já sei o que procuram”, refere o tomarense, natural de Angola.
(texto inserido numa reportagem alargada sobre Turismo)

26 de agosto de 2006

O outro lado

Engana-se quem pensa que o trabalho do jornalista acaba no momento em que o jornal sai. Depois da edição nas bancas - e de chegar às mãos do leitor - vem outra fase, algumas vezes menos agradável do nosso trabalho. Chega por telefone ou pessoalmente.
Pessoas que se indignam por ter saído a notícia X, aquela que não queriam que saísse e que se esquecem que a razão de existência do jornal passa, precisamente, por dar notícias. São normalemente os familiares de pessoas que faleceram e que, por viverem um período de grande dor (perfeitamente compreensível) não gostam do que leêm. Penso que, no caso do óbito de anónimos deve existir um cuidado redobrado a redigir a notícia, no caso de figuras públicas ou semi-públicas poderá dar-se outro enquadramento (historial da pessoas, depoimentos de amigos, etc...). De qualquer forma, é sempre muito difícil tentar explicar às pessoas que a missão de um jornal é informar, independentemente deste permitir ou não.

22 de agosto de 2006

Apanhados (VII)

Fax enviado por uma produtora à C.M.T recentemente.
Como é possível?

Regresso

Regresso ao trabalho depois das férias. Um novo ciclo de histórias, aventuras e desafios à minha espera.

21 de agosto de 2006

4 de agosto de 2006

2 de agosto de 2006

Quase de Férias

Estou quase de férias. Altura para renovar energias, a inspiração e a vontade de querer fazer um trabalho cada vez melhor. É que esta paixão pelas notícias agrava-se com o passar do tempo.

Depois das férias, tenho, como objectivo, dinamizar mais este blog.

Até lá, despeço-me, e também vos desejo umas boas férias, se for caso disso!

1 de agosto de 2006

Jornalismo regional

É a sra que foi assaltada vir ao jornal referir que não foram 200 euros que lhe foram roubados mas sim 185 e pedir uma rectificação da notícia.

31 de julho de 2006

Maria João Avillez entregou a carteira profissional

... dentro do prazo previsto pelo secretariado da Comissão da Carteira Profissional do Jornalista, escapando a uma coima que poderia ir até aos 5000 euros. Contudo, sem o título profissional, Avillez fica impedida do exercício jornalístico. José Miguel Júdice, seu advogado, garante que o problema não se irá colocar.~

in http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=209603&idselect=92&idCanal=92&p=200

26 de julho de 2006

20 de julho de 2006

“Ainda sinto que posso ser útil à sociedade”


Daniel Duarte Araújo Pereira, 70 anos feitos em Janeiro, tem uma história incomum. Este septuagenário reformou-se em Janeiro, por limite de idade, mas quer continuar a trabalhar. Daí ter recorrido ao nosso jornal para publicar um anúncio à procura de emprego. “Tenho condições para trabalhar… qualquer coisa que me surgisse eu aceito de boa vontade”, disse ao nosso jornal.

Notícia completa na edição desta semana

Edição n.º 917

13 de julho de 2006

6 de julho de 2006

4 de julho de 2006

Mercado do Livro nos Lagares D' El Rei

De 5 a 9 de Julho, vai decorrer nos Lagares d’el Rei a 6.ª edição do Mercado do Livro, uma iniciativa da Companhia dos Livros – Alfarrabista.
Ali é possível comprar livros a partir de 1 euro.
O mercado do Livro vai abrir portas quarta-feira dia 5 às 17h00 e vai funcionar
os restantes dias das 10h00 às 24h00.

3 de julho de 2006

29 de junho de 2006

27 de junho de 2006

Batalhas napoleónicas reconstituídas em Tomar

Centenas de pessoas assistiram à reconstituição das Batalhas Napoleónicas que o Regimento de Infantaria 15 de Tomar levou a efeito no passado fim-de-semana, no âmbito das comemorações do seu Bicentenário. A iniciativa pretendeu reproduzir as batalhas em que o RI 15 tomou parte activa.
Nas três recomposições participaram, para além de figurantes portugueses, figurantes de Associações Napoleónicas francesas, espanholas e inglesas.

(notícia integral na próxima edição do jornal O Templário)

26 de junho de 2006

Momento 90


Para captar este momento só celebrei a vitória de Portugal depois de todos. Mas valeu a pena, não acham?

25 de junho de 2006