29 de julho de 2005

Valor-Notícia: IMPREVISTO

Fazer notícias sobre acidentes não é fácil, especialmente quando presenciamos o acontecido. Há que respeitar o trabalho das equipas de socorro, encontrar o equilíbrio entre o drama dos envolvidos e o papel que nós jornalistas temos: o de recolher o maior número de pormenores e tirar fotografias que complementem o nosso trabalho. Como jornalista quero chegar mais perto, tirara as melhores fotos, tentar falar com as protagonistas do acidente mas, em consciência, não me parece ético fazê-lo. É o eterno dilema: até onde posso ir, ficando bem com a minha consciência. Eis um exemplo recente:

“O Templário” testemunhou

Despiste na curva dos marcos provoca dois feridos

Na passada sexta-feira, pelas 19H30, um carro despistou-se na Estrada das Algarvias, na conhecida “curva dos marcos”, caindo entre as árvores da ravina.. Deste aparatoso acidente, resultou um ferido grave e um ligeiro. O acidente ocorreu mesmo à entrada de Tomar, na estrada da Algarvias, na curva dos marcos, assim chamada por ter pequenos marcos vermelhos e brancos a delinear a curva, e onde a reportagem, de “O Templário” foi encontrar uma grande concentração de pessoas que olhava para as árvores em baixo. Um carro, um opel corsa branco com matrícula francesa, que se deslocava em direcção a Tomar, com três jovens no seu interior, tinha acabado de capotar, dando um salto de cerca de quatro metros de altura. “Ponha lá no jornal que, para evitar mais acidentes, deviam pôr nesta curva barras de protecção... não são os marcos que evitam as quedas” disse a “O Templário” um morador local.
Quando a reportagem do nosso jornal se deslocou ao local, pelas 19H45, duas jovens de 13 e 16 anos ainda se encontravam no interior do veículo, aguardando o socorro das equipas de salvamento. A condutora aguardava socorro sentada no chão, já fora da viatura.

(notícia desenvolvida na edição de O Templário desta semana)

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