30 de março de 2006

29 de março de 2006

Jornalista de Aljustrel na RTP

Hélder Conduto, jornalista natural de Aljustrel, assinou ontem contrato com a RTP. O jornalista da TSF vai ser coordenador do Desporto do canal público e fará relatos para a RDP.
Hélder Conduto, 29 anos, natural de Aljustrel, jornalista que se iniciou na Rádio Castrense, é a última aquisição da RTP para o Desporto, depois de dez anos na TSF e seis na SIC, neste caso como colaborador, Hélder Conduto, vai ocupar a vaga deixada por Cecília Carmo, fazendo ainda relatos de jogos de futebol na RDP.

notícia via alerta google

Henrique Marques: o casamenteiro de Santa Cita


Henrique Marques tem 73 anos e um hobby fora do comum. Tal qual Santo António casamenteiro, possui uma lista com o nome de todos os viúvos e viúvas, solteiros e solteiras de Santa Cita com o intuito de formar novos casalinhos.
Um dos arranjinhos já deu em casamento.


As características de “casamenteiro” de Henrique Marques são bem conhecidas na terra onde nasceu e viveu toda a vida, Santa Cita, na freguesia da Asseiceira. Henrique Marques não rejeita o epíteto embora reconheça que actualmente já não dispensa tanto tempo como antes nesta “arte” de juntar corações. Henrique Marques começou, há muitos, muitos anos, a apontar os nomes de todas as pessoas da sua terra que considerava “disponíveis” no campo amoroso uma vez que sendo filho da terra “estava por dentro de tudo o que acontecia”.

(..) reportagem na ediçao 901

Associação Protectora dos Animais reclama apoios autárquicos

Tema “quente” na última reunião de câmara

As más condições do canil da Associação Protectora dos Animais da Região do Ribatejo (APARR) foi tema de discussão na última reunião do executivo camarário, aberta às intervenções do público, e que teve lugar nos Paços do Concelho, na passada terça-feira, 28.
Maria de Fátima Rodrigues, presidente da Associação, descreveu ao executivo as más condições em que o actual canil provisório se encontra. “Aquilo está num caos, são 79 cães que ali estão sem condições nenhumas”, explicou, solicitando apoio à autarquia para que ajude a Associação a tirar os animais da situação em que se encontram actualmente. (...)
Corvêlo de Sousa, na qualidade de vice-presidente – António Paiva chegou à reunião pelas 10H45 já depois do período dedicado às intervenções do público – respondeu que: “a autarquia está sensível ao problema” mas que “como tem a ver com dinheiro, actualmente não há condições para tomar uma decisão em relação ao canil”. Corvêlo de Sousa acrescentou ainda que a câmara preocupa-se “mais com as pessoas do que com os cães”, pelo que existem outras questões prementes para a câmara municipal como é o caso da questão da habitação social.

(...) notícia integral na edição 901

23 de março de 2006

Jornalismo Regional também é... isto

Encontra-se desaparecido há uma semana Agostinho Leonor Marques Assunção, funcionário da estação da Rodoviária em Tomar, residente em Martinchel, concelho de Abrantes.
Foi visto pela última vez na sexta-feira, dia 17, perto de sua casa por uma vizinha e desde então tem sido procurado por familiares e GNR de Abrantes.
Agostinho Assunção tem 59 anos e estatura média. Na altura do seu desaparecimento vestia uma camisa em xadrez azul escura e calças cinzentas. Agradece-se a quem souber alguma informação sobre o seu paradeiro que contacte a GNR pelo telefone 241360930.

Tomarenses não resistem à tentação do crédito

"Compre já, pague depois”, anuncia o cartaz estrategicamente colocado ao lado do televisor plasma de 80 cm num hipermercado de Tomar. Os portugueses são cada vez mais tentados pelo crédito e os tomarenses não são excepção.
Já vai para mais de oito meses que o saldo de conta de Ana Maria (nome fictício) é negativo. É rara a noite de sono descansado que esta mulher de 31 anos, mãe de um bebé de seis meses, consegue ter. Não por causa do bebé, que até é um anjinho a dormir, mas por causa das contas que tem e que se vê aflita para pagar. “Tudo começou quando recebi em casa uma carta publicitária duma agência de crédito... na altura necessitava de comprar as coisinhas para o quarto de bebé e então decidi fazer um crédito de 500 euros”, contou ao nosso jornal. “Se soubesse o que sei hoje tinha pedido dinheiro a alguém e comprava umas mobílias mais baratinhas”, refere.
(reportagem integral na edição 900)
“Tomar é espelho do país inteiro”

José Pontes é consultor da Loja Financeira de Tomar desde Novembro. Esta empresa ajuda as pessoas que querem renegociar os seus créditos junto das instituições credoras, tentando encontrar a melhor solução para cada caso.


As pessoas que vêm à Loja Financeira estão, de certo modo, desesperadas com a sua situação?
Desesperadas não, mas estão numa situação complicada. Também temos clientes que estão em plena situação económica e que vêm aqui porque vão comprar casa - uma vez que sabem que a Loja Económica representa alguma instituições de crédito - isto para saber qual a melhor para o seu caso. Mas de grosso modo são pessoas que já tem quatro ou cinco prestações e que querem refazer os seus créditos de modo a terem um melhor retorno do seu vencimento mensal.
A mudança da moeda foi também trágica para todas as famílias. As pessoas não dão valor que a moeda merece e quase que esbanjam os trocos... Tenho casos em que sai daqui bastante perturbado, que tocam bastante. Ás vezes é difícil separarmos o factor humano do material. Tomar é espelho do que é o país inteiro.

Que conselhos normalmente dá ?

As pessoas devem ver onde se vão meter e analisar as condições do crédito. O mal, volto a insistir, está na remuneração das pessoas que é parca, singular e pequena. A economia só se dinamiza se as pessoas que “estão abaixo do nível de água” tiverem uma vida razoável. Além disso, acho que Tomar é uma cidade muito cara, onde se pagam muitas taxas e impostos. Ñão é fácil para um casal comum vingar aqui... Tem que ter determinado solidez financeira. Depois, aconselho sempre às pessoas cujo crédito foi renegociado para ter cuidado daí para a frente e não darem um passo maior que a perna.
(entrevista completa na edição 900)

Lotaria sai em Tomar


11418. Foi este o número sorteado para o primeiro prémio da Lotaria Clássica no concurso desta semana. Cinco bilhetes com este número foram vendidos na Casa de Pasto Pica-Pau Amarelo, na Rua Infantaria 15, em Tomar. Cada um representa um prémio de 50 mil euros. Os proprietários da casa que vendeu a “sorte grande” foram um dos felizes contemplados.
O primeiro prémio da Lotaria Clássica – composto por 10 cautelas – tem o valor de 500 mil euros (cem mil contos). A casa de Pasto Pica-Pau colocou à venda cinco cautelas com este número de bilhete. As outras cinco foram vendidas em Abrantes.

22 de março de 2006

Edição n.º 900

Lotaria em fecho de edição

Terça-feira à tarde. Fecho de edição n' O Templário. Os últimos textos estão a ser escritos. "Elsa, saiu a lotaria em Tomar", diz-me o director do Jornal. "Vais ter que ir ao quiosque onde venderam o bilhete e tentar falar com "fulano X" a quem dizem que saiu o prémio", indica. Engulo em seco. Ao início não me parece uma "missão fácil" conseguir falar com o sortudo que ganhou uma batelada de dinheiro. "A mim se me saisse a lotaria não queria que ninguém soubesse", lembro-me de pensar automaticamente. Tenho esta estranha mania de me colocar sempre no lugar do outro quando recebo um trabalho.
Mas é mais um desafio que vou tentar vencer. Chego ao quiosque e sou muito bem recebida. Publicidade a quem dá bons prémios é sempre bem-vinda. A confiança vai aumentando e consigo então chegar à fala com um dos felizardos que até me deixa tirar-lhe uma fotografia com o bilhete e tudo, sem dificuldade. A missão não é assim tão difícil, afinal. É tudo uma questão de confiança em nós próprios. Mas, neste dia e neste trabalho em concreto, também senti que me saiu a lotaria.

21 de março de 2006

Sobre Tomar

Descobri hoje este blog sobre Tomar do autor Celso Matos. (http://cidadethomar.blogspot.com/)

O altruísmo como modo de vida

Henrique e Hildegard Groenen estão casados há 31 anos. Ele é holandês, ela nasceu na Alemanha. Casaram no Brasil e lá nasceram os seus quatro filhos, um biológico e três que decidiram adoptar. Este simpático casal escolheu Tomar para viver “a terceira fase de suas vidas” e, desde Julho de 2004, que estão a morar perto de S. Pedro. Há ano e meio que são voluntários na Cáritas Paroquiana de Tomar.

Excerto de entrevista

Como casal estrangeiro, o que vos motivou para se oferecerem como voluntários na Cáritas de Tomar?
Eu acho que nós que estamos no lado “ensolarado” da vida devemos ajudar os que carregam o peso da vida. Sempre aprendemos que o que temos é para dividir, para partilhar com o outro. É algo que resultou da nossa formação e educação religiosa. Temos a ideia de que religião é espalhar o bem, não dentro das paredes de uma igreja, mas em contacto social com os outros. A nossa porta está aberta para todos. É assim que nos sentimos felizes.

E na Cáritas foram receptivos à vossa colaboração?
Henrique – Sim, ficaram muito contentes e ao mesmo tempo surpresos. Parece que existem muitos estrangeiros a morar aqui nesta zona mas que não se envolvem com a comunidade, vivem fora da realidade portuguesa. O pessoal da Cáritas ficou um pouco surpreendido por sermos um casal estrangeiro mas logo depositaram total confiança em nós.

E como avaliam a situação da pobreza aqui em Portugal, e mais concretamente, em Tomar?
A pobreza aqui é mais “dura” do que, por exemplo, na Holanda e Alemanha que são países mais ricos do que Portugal. Lá o salário mínimo é três vezes maior do que aqui e, logo, a pensão social mínima é também três vezes superior. Temos esta visão de que a pobreza é uma questão de injustiça. Não é uma falha qualquer é apenas uma questão de injustiça, de pessoas que não recebem condições para estarem felizes.
Acho também que aqui a ajuda é muito assistencial. Ajudar os outros é bom mas deve-se fazer “com protesto” ou seja, com o intuito de mudarmos a situação das pessoas. Devemos dar comida mas também fazer algo para que a pessoa consiga ser ela, da próxima vez, a arranjar o alimento. Juntos conseguimos mudar o mundo. E se não conseguirmos mudar o mundo, devemos começar à nossa volta. A pobreza deve ser encarada como uma injustiça social. (...)

Hospital de Tomar já tem voluntários

Foi apresentado na passada sexta-feira, 17, no Hospital de Tomar, o primeiro grupo de voluntários desta unidade hospitalar, composto por 30 elementos. O grupo, orientado pela enfermeira Amélia Lopes, vai trabalhar na consulta externa do hospital, dando assistência a todos os que se dirigirem ali (...)

Mais pormenores na próxima edição de "O Templário"

Edição n.º 899

16 de março de 2006

Jornalismo Regional é...

Quando na passada quinta-feira, dia 9, Ilídio Craveiro foi à sua horta na Azinhaga Velha, próximo de Cem Soldos, para ir buscar qualquer coisa para o almoço não contava apanhar um nabo gigante.
Pretendia preparar uma sopa de nabo e quando foi à horta não acreditava no que via.
Da terra tirou uma enorme cabeça de nabo com três quilos.

Notícia completa na edição do Jornal "O Templário"

15 de março de 2006

Casal estrangeiro voluntário na Cáritas de Tomar


Henrique e Hildegard Groenen estão casados há 31 anos. Ele é holandês, ela nasceu na Alemanha. Casaram no Brasil e lá nasceram os seus quatro filhos, um biológico e três adoptados. Este simpático casal escolheu Tomar para viver “a terceira fase das suas vidas” e, desde Julho de 2004, que estão a morar perto de S. Pedro. Há ano e meio que são voluntários na Cáritas Paroquial de Tomar.

Leia a entrevista a este casal na próxima edição do Jornal "O Templário"

13 de março de 2006

Jornalismo Regional é...

Ir aos domingos às festas de aniversário das Colectividades, Associações culturais e recreativas, Clubes desportivos, etc...

9 de março de 2006

O que faz um jornalista?

Durante um trabalho que fiz há pouco tempo numa escola secundária da cidade, um aluno do Clube de Rádio, com cerca de 16 anos, perguntou-me: "A sra é jornalista?". Como a resposta foi afirmativa, reiterou: "Então escreve ao computador, não é?".
Fiquei a pensar que, tal como este rapaz, existe muita gente que pode pensar que fazer jornalismo é ficar sentado no computador e escrever ao sabor do vento.
Vai daí resolvi fazer este exercício para mim mesma, e enumerar todas as actividades que desenvolvo relacionadas com a minha profissão:

1 - Arranjar "estórias" interessantes e, de preferência, exclusivas;
2 - Negociar com as fontes (tentar saber o maior número de pormenores, salvaguardando a sua identidade);
3 - Marcar/combinar as entrevistas com os protagonistas dessas histórias;
4 - Preparar-me para o trabalho (que perguntas faço, o que devo saber sobre o assunto e sobre a pessoa...);
5 - Descobrir o local onde combinaram/ onde vivem/ quem são

6 - Tentar ir ao "busílis da questão" sem ferir sucespitibilidades;
7 - Convencê-las a deixarem fotografar-se;
8- Nos trabalhos de agenda descobrir onde está a notícia (o acontecimento é sempre pretexto para a notícia);
9 - Ouvir os dois lados / as duas versões da mesma história;
10- Tirar fotos, muitas e boas;
11- Ouvir as gravações das entrevistas ou do acontecimento coberto;
12- Escolher o ângulo de abordagem da peça jornalística;
13 - Escrever a notícia/ reportagem/ entrevista com rigor e isenção possíveis;
14 - Corrigir o texto final e revê-lo, uma vez mais, já depois de paginado.


De certeza que me estou a esquecer de mais alguma coisa... Mas acima de tudo de dizer que gosto muito do que faço!
P.S: Fábio, espero que estejas esclarecido :)


E pronto, desta vez lá sou eu a notícia! E aqui estou numa "rara" aparição, ao lado da Janela do Capítulo

Tatiana Sirgado quer seguir física

Ainda não sei o curso que vou escolher quando entrar na universidade mas vai ter que ter a ver com a área de Física”, confirmou ao nosso jornal Tatiana Sirgado, 18 anos, a aluna do 12º ano da Escola Secundária Santa Maria do Olival, em Tomar, que recentemente ficou em segundo lugar no concurso nacional de Física promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Foi no laboratório de Físico-química, onde se sente como peixe na água, que a encontramos, juntamente com a professora de Física Júlia Quadros Morgado, que a ajudou na preparação para a fase final do concurso. “Não estudei muito, li apenas alguns livros que a professora Júlia me emprestou e ela explicou-me algumas coisas”, contou a “O Templário”.
A final realizou-se no auditório Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a 22 de Fevereiro. “Inicialmente estava nervosa mas depois fiquei na desportiva… afinal já tinha sido uma vitória chegar até ali”, recorda a jovem aluna tomarense.

De milionário a peregrino

Luigi Cianti, de 60 anos, é um homem de aspecto sereno que carrega um enorme crucifixo ao pescoço. A comparação deste homem a S. Francisco de Assis (ver caixa) é inevitável. Quando enviuvou da sua mulher, aos 50, decidiu renegar toda a fortuna herdada e doá-la aos órfãos, avaliada em cinco milhões de euros, convertendo-se em peregrino com “zero euros” no bolso.

“Eu nasci órfão e, quando a minha esposa morreu, todo o dinheiro que eu herdei não me interessava…Pensei que se Deus me havia dado tanto dinheiro que o teria que distribuir pelos pobres”, contou a “O Templário”.
Este homem é acompanhado, desde há dois anos a esta parte, por Pilar Caldevilla, de 33 anos, que pretende escrever um livro sobre as suas experiências “enquanto peregrino que apenas se faz transportar com uma mochila às costas e sem dinheiro no bolso”, contou. A jovem trabalhava numa cafetaria e conheceu a história de Luigi pela televisão espanhola, enamorou-se, e decidiu acompanhá-lo em peregrinação.
Segundo nos contou, muitos jornalistas de Espanha quiseram escrever a sua história. Luigi impôs como condição que o jornalista que o quisesse fazer deveria caminhar a seu lado, na peregrinação, sem dinheiro, tal como S. Francisco de Assis. Nenhum repórter aceitou o desafio e Pilar, apesar de não ser jornalista, decidiu fazê-lo.

De passagem por Tomar
O casal esteve de passagem por Tomar, no passado fim-de-semana a caminho de Santiago de Compostela. “Pretendíamos fazer a rota da caminhada espiritual de Sevilha a Santiago de Compostela mas o mau tempo em Espanha veio mudar os planos e decidimos fazer a rota portuguesa, pelo interior, que também vai dar a Santiago de Compostela”, explicou a jovem espanhola ao nosso jornal. Chegados à cidade nabantina, como qualquer peregrino, bateram à porta do pároco de Tomar, no caso, o padre Herlander Limão, para pedir abrigo e foram acolhidos pelo simpático casal Henrique e Hildegard. “Graças a Deus que conhecemos Hildegard e Henrique. Ainda bem que o padre Herlander nos ajudou e comunicou com eles”, explicou Pilar. (...)

Reportagem integral na edição 898 do Jornal "O Templário"

Edição n.º 898

8 de março de 2006

De milionário a peregrino

Há histórias de vida magníficas. A de Luigi Cianti é uma delas. Aos 50 ficou viúvo da única herdeira das indústrias Volvo, em Itália, e não suportou o desgosto. Depois de um período conturbado decidiu deixar toda a sua fortuna – cerca de 5 milhões de euros – às crianças do orfanato Dom Bosco e tornar-se peregrino. No passado fim-de-semana, este homem extraordinário passou por Tomar.

Reportagem publicada na próxima edição do Jornal O Templário

7 de março de 2006

"A Partilha" levada a cena no Cine-Teatro Paraiso

A Temporada Teatral de Tomar, organizada pela Divisão de Animação Cultural da autarquia, traz ao Cine-Teatro desta cidade, no próximo dia 14 de Março, terça-feira, o derradeiro espectáculo deste ano, terminando com um leque de actrizes bem conhecidas da televisão.
São elas Teresa Guilherme, Rita Salema, Patrícia Tavares e Cristina Cavalinhos, juntas em “A Partilha”, uma peça da autoria do brasileiro Miguel Falabella.
Reunidas durante o enterro da mãe, quatro irmãs - Selma (Teresa Guilherme), Regina (Cristina Cavalinhos), Maria Lúcia (Rita Salema) e Laura (Patrícia Tavares) reencontram-se após muito tempo de afastamento para fazer um levantamento dos bens da família e discutir as suas vidas.
Através da partilha dos bens - da venda do apartamento na Lapa à divisão de um serviço de chá de brinquedo - estas irmãs confrontarão as suas opções, destinos, estilos de vida e expectativas. As divergências são inevitáveis, pois seguiram caminhos muito diferentes.
Preço dos bilhetes: 15 euros (à venda na Divisão de Animação cultural)

6 de março de 2006

Tomar na Internet

Enquanto a Câmara Municipal de Tomar não tiver uma página do género www.cm.tomar.pt - ficamo-nos com este site sobre Tomar , agora também com imagem renovada. Parabéns ao seu autor pela persistência.

Jornalismo Regional é...

O presidente do Clube de Columbofilia local vir pedir para publicarmos os tempos de chegada de cada um dos pombos que participaram na última prova organizada.

Entroncamento on-line com nova imagem

O jornal Entroncamento on line tem uma nova imagem.
Eis a notícia na integra:

2006-03-05
"Passava um minuto das zero horas de dia 5, quando João Batista e Miguel Rosa, responsáveis pela imagem do EOL, colocaram na internet o novo site do Entroncamento Online. Depois de muitas semanas de trabalho, foi possível dar ao EOL esta nova roupagem. No sábado dia 11, pelas 22 horas vamos estar no Bar Adágio, com aqueles que há muito são a imagem do Entroncamento. Dominique Ventura, Filipe Santos, Gonçalo Serras, João Batista, Joana Morgado, Pedro Dionísio e Ricardo Oliveira, que têm dado a cara com o seu talento na divulgação do nome da cidade, vão fazer uma grande festa. Contamos consigo!"

3 de março de 2006

Carrazede: Uma escola só com crianças ciganas

O que têm em comum a Nice, o Ângelo, a Domingas, a Isa, o José Augusto, o Edgar e o Mário? Para além de serem os únicos alunos a frequentar a Escola Primária da Carrazede são todos de etnia cigana...

Inaugurada em 1968, a Escola Básica do 1.º Ciclo de Carrazede n.º 1 tem, desde há três anos a esta parte, uma singularidade: é frequentada, exclusivamente, por alunos de etnia cigana. A professora Helena Lourenço, com a preciosa ajuda da auxiliar de educação Luísa Leal, é a responsável pela educação escolar destas crianças que tem idades compreendidas entre os seis e os doze anos.


“Eles gostavam de ter colegas que não fossem ciganos mas os pais das outras crianças preferem pô-los noutras escolas ”, começou por apontar a professora Helena Lourenço.
Professora há 18 anos, é o primeiro ano que Helena Lourenço, 39 anos, ensina uma turma de alunos exclusivamente de etnia cigana. “Por vezes são um bocadinho agressivos entre eles e as capacidades de aprendizagem são um pouco sucintas. Nem sempre estão motivados para trabalhar, é preciso motivá-los tal como todas as crianças”, explicou ao nosso jornal. “Tal como lhe damos carinho, temos que os repreender quando é preciso”, conclui.

A professora refere que “tem que arranjar actividades diferentes” para que eles ganhem motivação para aprender. “Não conseguem estar muito tempo sentados… fazem um exercício e depois vão, por exemplo, até ao computador”, explica. Apesar destas dificuldades, Helena Lourenço salienta aspectos positivos dos seus alunos: “Gostam muito de ir ao computador e à Internet – este é o único sítio onde tem acesso ao computador – e são muito bons nas contas de cabeça”.

Na Escola de Carrazede “nunca há dias iguais” para esta turma. “Temos que ser muito firmes com eles”, refere Luísa Lopes, auxiliar de educação neste escola há 24 anos. “São crianças mais mexidas que as outras e têm um vocabulário um pouco diferente do nosso… Às vezes não conseguimos perceber o que dizem”, explica. O facto de trabalhar nesta escola há muitos anos com crianças ciganas pode também representar uma vantagem, segundo Luísa Lopes. “Ficamos a saber coisas da cultura deles, expressões diferentes e também alguns ‘truques’ que utilizam”, explica. Da vasta experiência que tem, Luísa Lopes refere que nunca tiveram problemas com estes alunos fora dali, quando vão em visita de estudo. “Quando vamos passear até Lisboa, ao Centro Comercial Vasco da Gama, por exemplo, portam-se bem e não mexem em nada”, explica. “Para mim são crianças iguais às outras. Como são discriminados podem sentir alguma revolta, é compreensível que sejam mais violentos”, refere a auxiliar educativa.

Alunos pertencem ao mesmo núcleo familiar

A professora Helena Lourenço tenta que o dia-a-dia nesta escola – que funciona das 8H30 às 15H, com uma hora para almoço – seja semelhante ao de outras escolas básicas. “Eles chegam, entram e fazem uma actividade de matemática ou língua portuguesa. Se tiverem uma experiência para contar do dia anterior, deixo-os falar e contar. Eles confiam muito em nós”, explica-nos esta professora. No período da tarde, a professora opta por fazer uma actividade mais lúdica ou física. Sempre que o tempo está bom aproveitam para fazer exercício físico no recreio ou para jogarem a alguma coisa.


Os sete alunos desta escola pertencem todos ao mesmo núcleo familiar e vivem na zona do Carrascal. “São três irmãos, mais outros três e uma prima”, explica Helena Lourenço. O facto de se conhecerem bem leva a algumas zangas em plena sala de aula, às vezes difíceis de controlar por parte das professora e auxiliar. “Começam a picar-se uns aos outros e depois temos que os separar…. Passado um bocado já está tudo bem”, explicam.
Segundo Luísa Lopes, os pais destes alunos não se importam quando as crianças são castigadas quando se portam mal. “Se fosse outra criança bastava um ralhete para que no outro dia aparecesse aqui o pai dela a pedir satisfações… os pais destes miúdos não. Sabem que estamos a tentar educá-los”, explica. “Eles não são queixinhas para os pais”, comprova a professora.
A escola de Carrazede teve sempre alunos ciganos mas que tinham como colegas outras crianças. “Esta escola já teve alunos, que foram colegas de crianças de etnia cigana, e que hoje são advogados e engenheiros”, explica Helena Lourenço, salientando que eles “não são maus para as outras crianças” como muitos poderão pensar.

No dia em que visitamos esta escola, os alunos estavam no recreio a brincar. “Gostamos muito de andar nesta escola. Fazemos muitas brincadeiras”, dizem em uníssono. Nice Salinas tem apenas 6 anos e resposta pronta na língua: “O que gosto mais de fazer é trabalhar e brincar. Já aprendi alguma coisita”, diz a pequena.
“Gostávamos que viessem para cá outros meninos que não fossem ciganos”, refere Domingas Salina, acrescentando que, para ela, “são crianças como eles”. Já para Edgar, o ideal seria que a escola tivesse mais alunos rapazes. “Deviam vir para aqui mais meninos para termos com quem jogar à bola”, referiu antes de iniciar uma actividade física promovida pela Escola de Futebol que, neste dia, também ali estava presente para contentamento destes alunos especiais.

Edição n.º 897