Excerto de entrevista
Como casal estrangeiro, o que vos motivou para se oferecerem como voluntários na Cáritas de Tomar?
Eu acho que nós que estamos no lado “ensolarado” da vida devemos ajudar os que carregam o peso da vida. Sempre aprendemos que o que temos é para dividir, para partilhar com o outro. É algo que resultou da nossa formação e educação religiosa. Temos a ideia de que religião é espalhar o bem, não dentro das paredes de uma igreja, mas em contacto social com os outros. A nossa porta está aberta para todos. É assim que nos sentimos felizes.
E na Cáritas foram receptivos à vossa colaboração?
Henrique – Sim, ficaram muito contentes e ao mesmo tempo surpresos. Parece que existem muitos estrangeiros a morar aqui nesta zona mas que não se envolvem com a comunidade, vivem fora da realidade portuguesa. O pessoal da Cáritas ficou um pouco surpreendido por sermos um casal estrangeiro mas logo depositaram total confiança em nós.
E como avaliam a situação da pobreza aqui em Portugal, e mais concretamente, em Tomar?
A pobreza aqui é mais “dura” do que, por exemplo, na Holanda e Alemanha que são países mais ricos do que Portugal. Lá o salário mínimo é três vezes maior do que aqui e, logo, a pensão social mínima é também três vezes superior. Temos esta visão de que a pobreza é uma questão de injustiça. Não é uma falha qualquer é apenas uma questão de injustiça, de pessoas que não recebem condições para estarem felizes.
Acho também que aqui a ajuda é muito assistencial. Ajudar os outros é bom mas deve-se fazer “com protesto” ou seja, com o intuito de mudarmos a situação das pessoas. Devemos dar comida mas também fazer algo para que a pessoa consiga ser ela, da próxima vez, a arranjar o alimento. Juntos conseguimos mudar o mundo. E se não conseguirmos mudar o mundo, devemos começar à nossa volta. A pobreza deve ser encarada como uma injustiça social. (...)
Eu acho que nós que estamos no lado “ensolarado” da vida devemos ajudar os que carregam o peso da vida. Sempre aprendemos que o que temos é para dividir, para partilhar com o outro. É algo que resultou da nossa formação e educação religiosa. Temos a ideia de que religião é espalhar o bem, não dentro das paredes de uma igreja, mas em contacto social com os outros. A nossa porta está aberta para todos. É assim que nos sentimos felizes.
E na Cáritas foram receptivos à vossa colaboração?
Henrique – Sim, ficaram muito contentes e ao mesmo tempo surpresos. Parece que existem muitos estrangeiros a morar aqui nesta zona mas que não se envolvem com a comunidade, vivem fora da realidade portuguesa. O pessoal da Cáritas ficou um pouco surpreendido por sermos um casal estrangeiro mas logo depositaram total confiança em nós.
E como avaliam a situação da pobreza aqui em Portugal, e mais concretamente, em Tomar?
A pobreza aqui é mais “dura” do que, por exemplo, na Holanda e Alemanha que são países mais ricos do que Portugal. Lá o salário mínimo é três vezes maior do que aqui e, logo, a pensão social mínima é também três vezes superior. Temos esta visão de que a pobreza é uma questão de injustiça. Não é uma falha qualquer é apenas uma questão de injustiça, de pessoas que não recebem condições para estarem felizes.
Acho também que aqui a ajuda é muito assistencial. Ajudar os outros é bom mas deve-se fazer “com protesto” ou seja, com o intuito de mudarmos a situação das pessoas. Devemos dar comida mas também fazer algo para que a pessoa consiga ser ela, da próxima vez, a arranjar o alimento. Juntos conseguimos mudar o mundo. E se não conseguirmos mudar o mundo, devemos começar à nossa volta. A pobreza deve ser encarada como uma injustiça social. (...)
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