26 de agosto de 2006

O outro lado

Engana-se quem pensa que o trabalho do jornalista acaba no momento em que o jornal sai. Depois da edição nas bancas - e de chegar às mãos do leitor - vem outra fase, algumas vezes menos agradável do nosso trabalho. Chega por telefone ou pessoalmente.
Pessoas que se indignam por ter saído a notícia X, aquela que não queriam que saísse e que se esquecem que a razão de existência do jornal passa, precisamente, por dar notícias. São normalemente os familiares de pessoas que faleceram e que, por viverem um período de grande dor (perfeitamente compreensível) não gostam do que leêm. Penso que, no caso do óbito de anónimos deve existir um cuidado redobrado a redigir a notícia, no caso de figuras públicas ou semi-públicas poderá dar-se outro enquadramento (historial da pessoas, depoimentos de amigos, etc...). De qualquer forma, é sempre muito difícil tentar explicar às pessoas que a missão de um jornal é informar, independentemente deste permitir ou não.

1 comentário:

Carlos Pereira disse...

E quando alguns engracadinhos nos dão informação e depois de publicada vêm desmentir tudo. O que vai valendo é que há gravadores e telefones com alta voz.