Mãe anda a juntar duas toneladas de tampas
Pequeno David precisa de uma cadeira de rodas
David Simões é um menino de seis anos, natural de Tomar, que sofre de paralisia cerebral devido a problemas ocorridos durante o parto. A sua mãe, Anabela Simões, de 40 anos, vive o dia-a-dia em função das necessidades do filho. “Este tipo de paralisia apanha-o no geral, na parte motora e também não fala. É uma deficiência profunda”, contou ao nosso jornal, revelando que os médicos lhe fizeram um prognóstico muito dramático. “O diagnóstico dele foi a de um ser vegetante”, conta, embora “com muito trabalho e dedicação” se verifique que a criança esteja a conseguir fazer alguns progressos. (...)
Dois mil quilos de tampas para cadeira de rodas
Pequeno David precisa de uma cadeira de rodas
David Simões é um menino de seis anos, natural de Tomar, que sofre de paralisia cerebral devido a problemas ocorridos durante o parto. A sua mãe, Anabela Simões, de 40 anos, vive o dia-a-dia em função das necessidades do filho. “Este tipo de paralisia apanha-o no geral, na parte motora e também não fala. É uma deficiência profunda”, contou ao nosso jornal, revelando que os médicos lhe fizeram um prognóstico muito dramático. “O diagnóstico dele foi a de um ser vegetante”, conta, embora “com muito trabalho e dedicação” se verifique que a criança esteja a conseguir fazer alguns progressos. (...)
Dois mil quilos de tampas para cadeira de rodas
Actualmente a luta desta mãe prende-se com o facto de querer que o filho tenha uma cadeira de rodas que se encaixe nas suas necessidades. Com esse objectivo em mente está, desde há um ano a esta parte, a juntar tampas de garrafas plásticas que sabe que pode trocar por uma cadeira de rodas. “Estava num consultório médico em Fátima onde o David vai ter consultas privadas de fisioterapia, porque a fisioterapia do Estado não chega, e o médico informou-me que havia a hipótese de juntar cinco mil tampas e trocá-las por uma cadeira de rodas”, conta Anabela. Foi aí como tudo começou. “Depois descobri que não eram cinco mil tampas mas eram duas toneladas”, continuou. Mesmo assim não desistiu. “Comecei por juntar as que utilizava em casa e depois falei com uma cunhada minha que tem um restaurante, fui-lhe pedir algumas tampinhas e ela começou a falar nisso às pessoas”, explicou-nos. A partir daí, Anabela Simões começou a receber muitas tampas de pessoas anónimas que se juntaram solidariamente à sua luta. “Desenvolveu-se uma cadeia ao ponto de eu agora já estar a receber tampas de pessoas que não conheço de Torres Novas, das Caldas da Rainha ou da Batalha”, revela orgulhosa.
Até ao momento, a mãe do pequeno David já tem cerca de 120 quilos de tampas que guarda em sacos de 30 quilos no barracão da sua sogra.
Apesar de tudo, Anabela diz que, recentemente, começou a ver “uma luz ao fundo do túnel” uma vez que pode conseguir a cadeira que o David necessita por outra via. Caso o consiga, as tampas recolhidas vão ser doadas a outra criança que necessite de uma cadeira de rodas ou então à Instituição CIRE para ajudar quem mais precise. Mas neste momento, é ainda o pequeno David que necessita da ajuda de todos.
Nota: depois de publicada na edição de hoje do Jornal O Templário uma leitora disponibilizou-se a oferecer a cadeira de rodas
2 comentários:
Há qualquer coisa de aflitivo nesta notícia. Cadeira de rodas por tampas?! Isto tem que ser mais bem explicado às pessoas.
No artigo publicado no jornal fiz uma caixa de texto a explicar aos leitores o que é o Projecto Tampinhas
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